A confusão começou quando um inexpressivo vereador bolsonarista de Vila Velha (ES), Romulo Henrique Lacerda (PSL), impediu que fosse feita entrevista com uma extremista de direita que exibia faixa a favor de golpe militar
O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Espírito Santo e a Federação Nacional dos Jornalistas emitiram nota pública para repudiar e lamentar a violência sofrida pelo repórter Alex Pandini e o cinegrafista José Jantorno, da TV Vitoria/Record que trabalhavam na cobertura de ato bolsonarista neste domingo. Insatisfeito, o gado antidemocrático bolsonarista impediu o trabalho jornalístico no evento antidemocrático que realizavam entre Vila Velha e Vitória (ES). Eles usaram o Dia do Trabalhador para fazer um ato em apoio ao governo Bolsonaro e ao deputado Daniel Silveira, o condenado pelo STF por atos contra as instituições democráticas.
O governador Renato Casagrande (PSB) também usou as suas redes sociais para condenar o ato criminoso praticado pelos bolsonarista. “A liberdade de imprensa faz parte do Estado Democrático de Direito e está garantida na nossa Constituição. Lamentável cena da equipe da TV Vitória sendo expulsa dos atos deste domingo. As manifestações são legítimas e não podemos aceitar que as usem para destilar ódio”, disse Casagrande.
Vereador bolsonarista de Vila Velha iniciou o ataque a imprensa
O inexpressivo vereador de Vila Velha (ES), Romulo Henrique Lacerda (PSL), 56 anos, que declarou para o TSE ser formado em Administração e ter como profissão “representante farmacêutico”, exercendo o mandato eletivo pela primeira vez, foi quem iniciou o ataque aos jornalistas.
Tudo começou quando o jornalista Alex Pandikni, acompanhado do cinegrafista José Jantorno, tentaram entrevistar uma mulher que segurava uma faixa contraditória, com a frase “Intervenção militar já – Espírito Santo” e ao mesmo tempo “O povo clama por liberdade”.
O vereador bolsonarista, que no próprio site oficial da Câmara de Vereadores de Vila Velha (ES) se auto intitula como de “origem política nos movimentos de rua de direita, pró-família, contra corrupção”, iniciou as agressões verbais dizendo que não permitia a gravação da entrevista. Para inflar o gado bolsonarista, o locutor do trio elétrico começou a desqualificar o trabalho da imprensa e da equipe da TV Vitória. Diante da ameaça de agressão física, os jornalistas se retiraram da manifestação antidemocrática dos bolsonarista escoltados pela Guarda Municipal de Vila Velha.
Romulo Henrique Lacerda declarou para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE que conseguiu se eleger no seu primeiro mandato eletivo, em 2020, com o gasto de campanha de apenas R$ 2.915,50. E teve como doadores de campanha Alfredo Venturi, que doou R$ 800,00; Queila Carvalho de Souza Oliveira (R$ 600,00); Rodrigo Freisleben Lacerda (R$ 500,00); Perla Rodrigues Lobo (R$ 500,00); Marionice Vilhalba Prestes (R4 150,00); José Renato Padilha (R$ 150,00); Ivete Rocha Ferrari Padilha (R$ 150,00) e Amarildo Selva Lovato (R$ 65,50)..Para o TSE ele disse que não tem nenhum bem,.nem casa, apartamento, sítio ou um veículo automotor.
Nota do Sindicato dos Jornalistas e da Fenaj
No dia do trabalhador, bolsonaristas agridem jornalistas que estavam trabalhando
O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Espírito Santo e a Federação Nacional dos Jornalistas vêm a público repudiar e lamentar a violência sofrida pelo repórter Alex Pandini e o cinegrafista José Jantorno, da TV Vitoria/Record que trabalhavam na cobertura de ato bolsonarista neste domingo.
A equipe foi ameaçada por alguns integrantes da manifestação quando tentava entrevistar uma mulher que segurava um cartaz pedindo intervenção militar.
O vereador de Vila Velha, Rômulo Lacerda (PSL), não permitiu a gravação e, aos berros, acusou a emissora de estar “fazendo uma cobertura parcial”.
O locutor de um dos trios elétricos chegou a usar o microfone para desqualificar o trabalho realizado pelos jornalistas.
Diante da situação, e para garantir a segurança dos profissionais, o repórter e o cinegrafista saíram sob escolta da Guarda Municipal.
O trabalho do jornalismo é apurar e relatar os fatos, o que tanto incomoda aos que utilizam de mentiras para se promoverem politicamente.
Os profissionais precisam ser respeitados e não cerceados ou ameaçados. Quem perde com esse tipo de atitude é a sociedade que deixa de ser informada.
O Sindicato dos Jornalistas também orienta aos profissionais que não se arrisquem neste tipo de cobertura. Cabe às empresas de comunicação garantir a segurança de seus jornalistas, não colocando em risco a vida dos profissionais, e aos orgãos de segurança pública proteger os trabalhadores e a comunidade.
Reforçamos que estamos à disposição dos Jornalistas e encaminharemos denúncias dos fatos aos organismos competentes.
Agredir jornalista é agredir a democracia. Chega de fakes! Basta de Violência!
Vitória, 01 de maio de 2022.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Espírito Santo
Federação Nacional dos Jornalistas