O registro de insatisfação com a operadora espanhola Vivo teve 5.899 reclamantes capixabas nos cinco primeiros meses deste ano, segundo a Anatel
Entre janeiro e maio deste ano, a operadora espanhola Vivo (Telefónica Mobiles) liderou a quantidade de reclamações no Espírito Santo, segundo os dados mais recentes divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Foram 5.899 reclamações. A operadora mexicana Claro (América Móvil) vem em seguida, com 2.452 reclamantes capixabas. Em terceiro lugar está a antiga Oi fixa e internet, a atual V.tal Rede Neutra de Telecomunicações S/A, que teve 1.886 reclamantes neste ano.
No ano passado, a Vivo foi líder absoluta em insatisfação no Espírito Santo, com um total de 11.387 reclamações junto a Anatel. Bem atrás, em segundo lugar ficou a Claro, com o registro de 6.017 reclamações no Espírito Santo. No terceiro lugar ficou a antiga Oi fixa e internet, com 4.456 reclamantes. A operadora Tim, que possui 210.463 clientes no Estado, ou 4,4% do mercado capixaba de telefonia, teve 1.012 reclamações em 2023 e neste ano já possui 377 registros de insatisfação até maio último.
De acordo com a Anatel, de janeiro a maio deste ano, a Vivo teve do total de reclamações, o registro de 8;809 insatisfações registradas como sendo problemas técnicos de “interesse coletivo”. Nesse mesmo item a Claro teve 2.452 reclamações que afetaram o interesse coletivo de seus clientes e a antiga Oi obteve 1.886 reclamações.
As reclamações contra a Vivo são diversas, prevalecendo a interrupção sistemática e prolongada no fornecimento de internet, dificuldade em falar com um atendente humano no call center, cobrança de serviços não solicitados pelo cliente, bloqueio ou suspensão indevido no fornecimento de serviços, entre outros.
Vivo perde a liderança do 5G para a Claro
A Claro manteve a liderança com 10.389 mil celulares 5G, 22 mil a mais que a Vivo, segundo os dados mais recentes, de maio último. O 5G apresentou adições líquidas de 7 milhões de celulares nos 5 primeiros meses do ano, enquanto 4G, 2G e 3G diminuíram em -1 milhão cada.
No entanto, na comparação com a curva de crescimento da 4G, a partir de sua entrada em operação em 2013, 5G passou a crescer menos em 2024. Em dezembro do ano passado, o Brasil possuía 20 milhões de celulares 5G, 2 milhões a mais que 4G nesta comparação. Já em maio último, o País tinha 28 milhões de celulares 5G, 2 milhões a menos que 4G possuía no mesmo período desde o seu início de operação.
Consumidor não está priorizando o 5G na compra de celular novo
Devido ao alcance curto do sinal do 5G, os consumidores não estão dando muita importância a nova tecnologia, já que em muitos bairros das regiões metropolitanas e a maioria das cidades e logradouros do interior, não há sinal de 5G.
Esse desinteresse foi observado em pesquisa realizada pela Mobile Time/ Opinion Box, que apontou apenas 5% dos internautas, a modalidade 5G é mais importante na escolha de um smartphone novo, atrás de capacidade de processamento (26%), memória (24%), duração da bateria (15%) e qualidade da câmera (13%).
O sinal de uma torre celular 4G LTE pode chegar a um raio de três quilômetros a 6,5 quilômetros. Enquanto o sinal de uma torre 5G pode chegar a uma distância de 1,6 quilômetro a 5 quilômetros, onde a Anatel destaca que as antenas do 5G devem estar a uma distância de 300 metros entre si. A curta distância onera mais as operadoras, que não tem interesse comercial em instalar antes dessa modalidade em vilarejos interioranos.
Serviço: Os dados de reclamações da Anatel podem ser conferidos clicando neste link.