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No Rio, Orquestra Sinfônica da UFRJ adere à campanha em prol do bem-estar animal


A medida de proteção ao bem-estar animal está sendo adotada por entidades e pessoas civis do Estado vizinho. Já no Espírito Santo ainda não há adesão a essa política por parte de algumas Prefeituras da Região Metropolitana de Vitória (ES)


No Rio, Orquestra Sinfônica da UFRJ adere à campanha em prol do bem-estar animal | Foto: Sidney Coutinho/SGCOM/UFRJ

A Orquestra Sinfônica da UFRJ aderiu à campanha em defesa de animais abandonados e no início da sua temporada 2025, na última segunda-feira (17) promoveu um espetáculo em defesa dos bichinhos. Segundo informativo da UFRJ, pelo menos no primeiro semestre deste ano, a música está sendo a ferramenta principal para o combate aos maus-tratos e ao abandono de animais.

No primeiro dia do feriadão de Carnaval, a Escola de Samba São Clemente, da Série Ouro, entrou na Avenida Marques de Sapucaí com um enredo exaltando a importância da adoção e em defesa de cães e gatos. Em seguida é citada a abertura da temporada da centenária Orquestra Sinfônica da UFRJ, que deu início a uma campanha de arrecadação de donativos para os animais abandonados pelos campi da instituição.

No recente Carnaval do Rio, a Escola de Samba São Clemente levou a debate a questão do bem-estar dos animais abandonados | Foto: Redes sociais

Contribuição à causa animal

De acordo com o professor Ronal Xavier Silveira, diretor da Escola de Música (EM) da Universidade e um apaixonado pelos bichinhois, a partir de uma conversa com o prefeito da UFRJ, Marcos Maldonado, surgiu a ideia de contribuir mais com a causa. “Fiz a proposta ao nosso maestro André Cardoso, que rege a orquestra sinfônica, e ele demonstrou simpatia pela ideia de abrir a temporada com o evento em favor dos bichos que são deixados à própria sorte em nossos campi”, contou.

Foi lembrado que a agremiação carnavalesca de Botafogo, a São Clemente, evidenciou no desfile a cruel realidade de animais vítimas de crimes como agressão, envenenamento e abandono, a proposta do diretor da Escola de Música ficou mais focada em encontrar soluções para promover o acolhimento de cães e gatos por meio de campanhas de doação e adoção. “E a gente não quer só o engajamento da comunidade universitária. Queremos envolver todos os cariocas”, afirma Silveira.

Segundo ele, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, deverá ser procurado para que possa ajudar priorizando a realização de eventos nas proximidades da Escola de Música, tanto com shows na Lapa, com músicos da UFRJ, como com campanhas de adoção e arrecadação de donativos em um dos primeiros parques públicos das Américas: a Praça do Passeio Público. “A área de quase 1 mil metros quadrados é nossa vizinha. A tendência é de que seja restaurada após o anúncio de transformação do antigo Edifício Mesbla em prédio residencial. Pensamos que é um ótimo local para o nosso propósito”, disse.

Ajuda

Para agilizar a causa contra o abandono de animais, contas em mídias sociais deverão ser abertas a fim de informar como as pessoas poderão ajudar com donativos e também para prestar contas da aplicação dos recursos. “Sabemos o quanto é difícil fazer algumas coisas na UFRJ em defesa da causa animal, pois há o receio de que qualquer ação estimule mais ainda o abandono no campus. Mas, se há uma lei federal em destaque no Fundão que demonstra que isso é um crime e mesmo assim o abandono continua, precisamos fazer mais”, alertou o diretor da EM.

Ronal Silveira explica que a iniciativa se baseará em três pilares: resgate dos animais e cuidados veterinários; melhor aparelhamento  dos campi, com monitoramento para coibir o abandono; e a criação de locais temporários (canil e gatil) para manter cães e gatos até que sejam adotados. “Acho que o apoio dos estudantes será essencial para conquistarmos nossos objetivos. Mesmo uma pequena quantia, 1 real que seja, de muitos que gostam dos bichinhos e querem o bem deles, vai fazer a diferença. Apostamos que criar e divulgar um canal com credibilidade para arrecadar os donativos fará diferença”, concluiu.