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‘O Cão – Política de Lei Comum’, novo livro do escritor goiano Marcusvinicius de Oliveira


A nova obra literária está dentro do contexto de Filosofia Política, que segundo o autor é “uma espécie de teoria da política brasileira atual”


O Cão – Política de Lei Comum’, novo livro do escritor goiano Marcusvinicius de Oliveira | Imagens: Divulgação

O escritor goiano Marcusvinicius de Oliveira está anunciando a suia sétima obra literária, o livro “O Cão – Política de Lei Comum “, dentro do contexto de Filosofia Política (uma espécie de teoria da política brasileira atual). O livro é publicado pela Editora  Viseu. “A velocidade furiosa da transformação material e espiritual está tornando a sociedade numa espécie de vazio egocêntrico, e muitas vezes aqueles que não se adaptam às leis comum do capitalismo, parecem carecer de algo”, diz na sinopse do livro.

“Por isso no início do livro tenta-se edificar algum tipo de individualismo para a salvaguarda da própria sobrevivência, pois nem sempre estamos em comunidade, é que a sociedade existe, mas dentro da possibilidade da transcendência do ego. Por isso, muitas vezes, o uso do individualismo torna-se necessário”, diz o autor. O livro foi lançado em junho do ano passado.

Quem é Marcusvinicius

Filho de geólogo com uma psicóloga, alfabetizou-se no católico Colégio Santo Agostinho de Goiânia, onde terminou o antigo curso de 1° grau. Paralelo aos estudos de 2° grau, iniciou seus estudos de música, que influenciaram na formação pelo gosto da prosa e da poesia. Iniciando os estudos de nível superior, surgiu assim, sua carreira literária. E aos 21 anos escreveu seu primeiro livro, um livro de poesia de protesto, chamado “Antropoético”, logo em seguida surge o primeiro romance: “Homens do Concreto”, nos quais não foram publicados.

Depois de bacharelar-se em Desenho Industrial PP pela Universidade do Estado de Minas Gerais, retomou sua paixão pela escrita, publicando o romance “Janelas Nocivas” pela editora Kelps de Goiânia, em 2008. Ao alcançar uma certa admiração de leitores, relançou o mesmo romance Janelas Nocivas pela editora Pandorga de São Paulo em 2014. Daí publicou também em 2014, um romance chamado “Superegos” pela Mundo Editorial. Num sistema de auto publicação da editora Agbook, publicou seu quarto romance, “O Guitarrista.”

E em pouco tempo também publicou dois livros de poesia: “Versos Heróicos – Corinthians”, e “Versos Heróicos – Flamengo”. Nisso, a admiração pela filosofia de Platão, Aristóteles, Nietzsche, Sartre, Hobbes, Chaui… o encorajou a publicar pela Editora Pandorga, seu primeiro livro filosófico: “Invisível – Ensaio sobre a existência de Deus através da razão” em 2015. Atualmente dedica-se à divulgação do sétimo livro publicado; “O Cão – Política de Lei Comum”, um livro de Filosofia Política pela Editora Viseu.

O Cão – Política de Lei Comum

Na apresentação de sua nova publica, ele diz: “Logo, como seriam as virtudes humanas diante das políticas direitistas e esquerdistas? A todo instante o mundo muda e a velocidade da informação e dos processos humanísticos transforma cada novo governo numa pequena revolução emocional diante de um Estado cada vez mais tecnocrata.”

E prossegue: “Então, mesmo que o governo seja direitista ou esquerdista, o Estado não parece validar nossas emoções. Estamos preparados para mudanças que nunca revolucionam? “Utopia”, hoje, parece ser uma torcida para que a máquina esteja funcionando de acordo com nossos anseios, pois a evolução já está enraizada na sociedade e na política. Religião parece ser nada mais do que mera ciência, pois o fato de ser-se católico ou evangélico nada interfere na ética da máquina governista.

“Mas sabe-se que a política surge sempre favorecendo as altas sociedades, e assim, como sempre, doutrinando a maioria no único sonho: ganhar é tudo! Então, ser brasileiro é ser verdadeiro? Precisamos aceitar que a mentira é uma espécie de subvirtude humana? Você confiaria suas virtudes diante das leis para a educação formal, ou na base religiosa da sua família? Não matar e não roubar são duas leis comuns que o brasileiro tem devido à sua cultura religiosa. Agora, nesses tempos ruidosos de hipermodernidade, ter alguma consciência religiosa passou a ser algo distante e muito vago”, afirma Marcusvinicius.

“Somos seres laicos com alguma base religiosa, a qual segue se desestruturando, pois o Deus cristão vem se tornando em lucro e dinheiro, e humildade e fortaleza parecem ser pouco prováveis diante da hipnose do poder econômico estabelecido. Ou seja, nos dias de hoje, declarar-se humilde e forte por causa de Deus parece ser cultura de escravo, em contraponto à cultura daquele que é livre, que é a cultura da dominação, é a cultura de ser dono dos meios de produção, é a cultura do mais rico — e aquele que tentar harmonizar as estruturas sociais será chamado de inimigo”, continua na discrição da nova obra literária.

“Então parece que precisamos de algum tipo de tirano sempre, pois se o pensamento esquerdista não agrada, muito menos irá agradar o pensamento direitista. No que o socialismo incomoda? É na obrigatoriedade de não mais se pertencer às castas mais altas da sociedade? É o medo de ser mais um? Mas também é ruim viver num mundo mais próximo do que possa ser chamado de humanidade?”, prossegue.

Humanização e loucura

E pergunta: “Você já alguma vez pensou na ideia de perder tudo? Humanizar é o oposto de enlouquecer. Somos um país de tantas contradições, de tantas oposições, que um simples vermelho em algum lugar pode gerar conflitos. E desumanizar essas contradições (branco, negro, rico, pobre, bonito, feio…) com uma espécie de capitalismo desmesurado é uma maneira de estabelecer alguma guerra civil ou urbana. Sim, para alguns essa guerra existe, possivelmente para os negros, para os pobres e os feios.”

O escritor ainda aborda sobre o Brasil e suas políticas, suas economias e suas culturas. “E em tudo sempre enxergamos algum cão, mas sempre parece ser um cão de guarda amigo. Nunca paramos para pensar na possibilidade de um cão de guarda inimigo. O negro é pobre e feio aos olhos das altas sociedades. Mas você já se perguntou quais as virtudes que ele precisa ter para sobreviver? “Pois ao ser negro, pobre e feio, preciso ser corajoso, preciso ser justo, preciso ser humilde, preciso ser forte de espírito, preciso ser inteligente, preciso ser modesto, preciso ser temperante, preciso ser verdadeiro.” 

“Pois se não sou um pouco disso tudo, a sociedade me desqualifica muito facilmente”. Já o branco rico e bonito muitas vezes gaba-se de tal sorte, assim como muitas vezes deixa de obedecer às suas virtudes espirituais, tornando-se negligente e vaidoso, podendo assim fazer ruir a base de alguma elevação espiritual edificada em mentiras. O mundo já consagrou o desenvolvimento sustentável como a política de base do século 21. E como esquecer daqueles que melhor conhecem a sustentabilidade, os povos negros?”, relata.

Em cada Estado há uma reflexão sobre o uso da política para empreender o sucesso das altas sociedades. Não é menos importante o uso do dinheiro público para estabelecer o poder econômico dos mais ricos, como não é menos importante que a cultura também esteja bem estabelecida na propaganda televisiva. Ou seja, a cultura brasileira vem perdendo capacidade de influenciar a educação dos mais jovens. Nisso, a cultura segue perdendo suas características de união entre negros, índios e brancos para ser aquilo que a televisão exige que ela seja; assim, seguimos sempre acostumados com a arte, a música e a literatura realizadas pelas altas sociedades brancas.

O escritor ainda debate sobre o que denomina de um perigoso aspecto na cultura brasileira, a mistura e a miscigenação, o qual as mais altas sociedades não toleram. Desse modo, as políticas de validação da sociedade branca como detentora dos poderes socioeconômicos fazem surgir uma espécie de rivalidade no subconsciente da população, uma espécie de guerra oculta, que muitas vezes explode em conflitos sociais, urbanos, econômicos, políticos e militares. Muitos não conseguem um trabalho mais justo por serem negros ou pardos.

Dessa maneira, a tão sonhada meritocracia não existe. Por isso há um cão raivoso dentro da sociedade brasileira que nunca foi visto, mesmo porque as grandes mídias desprezam qualquer tipo de justiça para os povos da baixa sociedade, e o que parece existir é uma balança que sempre está pronta para confortar brancos e ricos. Através das aparências do jogo midiático a sociedade, ao invés de corrigir os aspectos dessa guerra subconsciente, parece alucinar ainda mais as disputas sub-humanas da consciência.

Brasil rural

Um Brasil Rural, que antes era dividido entre rico e pobre, hoje faz surgir a aberração das castas sociais da Índia. Temos classe 5A, 3A, B, C, D… ou seja, a desunião passa a ser a virtude primeira de uma política que desclassifica. O neoliberalismo tão presente e tão futuro para uma nação ainda desfragmentada. O brasileiro de classe média não aceita a possibilidade de que o país seja caracterizado ou iconografado como o país mais miscigenado do mundo.

“Assim, idealizamos o desenvolvimento de guerra e de sustentabilidade na mesma sintonia. No desenvolvimento de guerra fala-se pouco e se faz muito, enquanto no desenvolvimento sustentável fala-se muito e se faz pouco. O que é isso senão o nosso eterno compromisso escravocrata? A nossa eterna mania pela escravocracia? Impor a prática da sustentabilidade é propiciar mais direitos ao povo das classes menos favorecidas. A prática da sustentabilidade é para países onde a democracia já transcendeu, ou seja, falar de democracia é falar das lutas do passado. Mas em solos latino-americanos, uma simples faísca na tão fragilizada democracia faz surgir explosões de medo”, continua.

“Não estamos em nenhuma era da paz; conflitos e guerras tornaram-se normais e a violência do tráfico somente existe distante dos nossos condomínios. Agora esquecemos diariamente que há uma parte da sociedade que reivindica direitos, e quem possui direitos irá lutar até o fim por eles — se alguém tem o direito de beber água limpa, sempre lutará para beber água limpa”, afirma.

E faz outro questionamentoi: “Até quando em nossos subconscientes o covarde será sempre o mais forte, assim como o injusto e o mentiroso? Se assim são a Direita e a Esquerda, então falhamos como nação. Pois o que é o laicismo senão as virtudes espirituais de alguma boa moral?”

Mas, afinal, o que é o cão? Pode ser uma espécie de resíduo da sociedade capitalista: é aquele que somente aprende na escola da vida, aquele que muitas vezes precisa pesar na balança tanto a justiça como a injustiça, aquele que fica entre a verdade e a mentira. O cão precisa morder, pois essa é a sua função. E ele precisa aprender a afugentar a todos, pois todos lhe querem mal; não dá para responder ao ódio com sorrisos. Ele é nascido e feito para o supercapitalismo, onde somente o capital é a verdade, mesmo que feito através de mentiras.

O brasileiro pode ser considerado um cão por natureza. É extremamente capitalista, individualista e cristão no mesmo braço. Mas existem algumas ordens que ele precisa respeitar: pode ser que seja direitista, mas precisa aceitar tecnocracias esquerdistas, assim como o esquerdista precisa aceitar as tecnocracias direitistas. O mundo hoje é cosmopolita e não há tantas diferenças culturais entre os países. Mas o cão sabe que vive sob o manto do capitalismo, onde muitas vezes a falsidade torna-se uma lei de preservação.

Entretanto, mesmo a cultura sendo cosmopolita, deve-se saber transitar entre as culturas dos burgueses e dos trabalhadores, para ao menos se identificar com o lugar e com a região. A cultura somente torna-se glória em alguma ocasião especial, pois não se deve beber somente das regras e das facetas da cultura. O cão deve beber do esporte e da política, e também das belas artes e da música, ou seja, o mundo tornou-se único e não há mais tantas diferenças no modus vivendi da Direita e da Esquerda. O cão entende que qualquer um pode ser seu inimigo mais perigoso e que é preciso endurecer a palavra para não viver somente de perfumes. A política continua sendo a única arma a ser usada por quem precisa ser cidadão, ou por quem precisa existir.

Serviço:

Páginas onde o livro pode ser encontrado:

  •       O Cão: Política de Lei Comum | Amazon.com.br
  •       O Cão: Política de Lei Comum – Livros de Ciências Políticas – Magazine Luiza
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