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OMS pré-qualifica nova vacina contra a dengue


Desenvolvida pela farmacêutica Takeda, esse é o segundo imunizante pré-qualificado; o uso é recomendado em crianças de 6 a 16 anos em áreas com alta carga da doença; vacina, administrada em duas doses com intervalo de três meses, está agora disponível para aquisição por agências da ONU


OMS pré-qualifica nova vacina contra a dengue | Foto: Dean Calma/OMS

Uma nova vacina contra a dengue recebeu a pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde, OMS. A TAK-003 é a segunda vacina a ser pré-qualificada pela agência da ONU para combater a doença presente em regiões tropicais e subtropicais.

O imunizante é desenvolvido pela farmacêutica Takeda e é uma vacina viva atenuada que contém versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus que causam a dengue.

Recomendação

A OMS recomenda o uso da TAK-003 em crianças de seis a 16 anos de idade em locais com alta carga de dengue e intensidade de transmissão. A vacina deve ser administrada em um esquema de duas doses com um intervalo de três meses entre as doses.

O diretor de Regulamentação e Pré-qualificação da OMS, Rogério Gaspar, afirmou que a pré-qualificação desta vacina é um passo importante na expansão do acesso global às vacinas contra a dengue. Agora, o imunizante é elegível para aquisição pelas agências da ONU, incluindo o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, e a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas.

Mais vacinas

Ele adiciona que, com apenas duas vacinas contra a dengue pré-qualificadas até o momento, a OMS espera que mais desenvolvedores se apresentem para avaliação. Assim, será possível garantir que as vacinas cheguem a mais comunidades que lidam com a doença.

A lista de pré-qualificação da OMS também inclui a vacina CYD-TDV contra a dengue, desenvolvida pela Sanofi Pasteur.

Dengue

A dengue é uma doença transmitida pela picada de um mosquito infectado. Ela pode ser grave e levar a uma complicação potencialmente letal. Estima-se que haja mais de 100 a 400 milhões de casos de dengue no mundo todo a cada ano e que 3,8 bilhões de pessoas vivam em países endêmicos de dengue, a maioria deles na Ásia, na África e nas Américas.

O maior número de casos registrados foi em 2023, com a região das Américas da OMS relatando 4,5 milhões de infectados e 2,3 mil mortes. É provável que os casos de dengue aumentem e se expandam geograficamente devido às mudanças climáticas e à urbanização.

OMS recomanda o o máximo de proteção de crianças contra as picadas de mosquitos | Foto: Gwenn Dubourthoumiey/OMS

Brasil

Segundo a Opas, embora os casos de dengue estejam em alta em toda a América Latina e Caribe, o Brasil é o país mais atingido, somando 83% dos casos. Na sequência, o Paraguai tem 5,3% e Argentina tem 3,7%. Essas três nações concentram 92% dos casos e 87% das mortes.

Segundo o Ministério de Saúde do Brasil, até maio, 2,6 milhões de doses de vacinas contra a dengue foram distribuídas aos estados e ao Distrito Federal. Em atualização sobre o progresso de ações para combater o Aedes aegypti, mosquito vetor da doença, o país tem verificado uma tendência de queda da incidência de casos.

Os últimos dados do governo brasileiro apontam que o país possui 4,7 milhões de casos prováveis de dengue e 2,5 mil mortes.

Quanto à vigilância no Rio Grande do Sul, estado atingido por fortes chuvas nas últimas semanas, o Ministério da Saúde explica que a atualização de casos não mostra uma mudança significativa. No entanto, as autoridades afirmam estar monitorando o nível da água e a inundação de áreas verdes.