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Operação do MPES tem como alvo juízes que praticavam crimes em conluio com advogados


Operação Follow the Money, segundo o MPES, ocorreu “em face de agentes públicos e particulares envolvidos em possíveis delitos de organização criminosa (Lei nº 12.850/2013), lavagem de capitais (Lei nº 9.613/98), corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental.”


Acima, à esquerda o juízes Maurício Camata, da 3ª Vara Cível de Vitória (ficou com tornozeleiras) e, à direita, o juiz Bruno Fritoli (preso) da comarca de Alto Rio Novo, alvos da operação do MPES | Fotos: Reprodução

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), com apoio da Polícia Militar do Espírito Santo realizou na manhã desta quinta-feira (1º) a Operação Follow the Money, que visa desarticular uma quadrilha formada por juízes estaduais e advogados que atuavam, segundo o MPES, com “lavagem de capitais (Lei nº 9.613/98), corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental”. Os dois juízes são Maurício Camata, da 3ª Vara Cível de Vitória e Bruno Fritoli da comarca de Alto Rio Novo.

Bruno Fritoli foi preso e levado para a cadeia. Já o juiz da Comarca de Vitória teve uma tornozeleiras eletrônica afixada na perna. Os advogados alvos da operação e que foram presos são: Ricardo Nunes de Souza, José Joelson Martins de Oliveira, Velcir José de Xavier e Vicente Santório Filho. O MPES informa que além da prisão dos envolvidos no que o órgão denomina de “organização criminosa” foram feitas buscas e apreensões nos endereços dos citados na investigação.

Juízes foram afastados das funções

“Esta fase consiste no cumprimento de 7 mandados de prisão preventiva, 30 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de afastamento funcional de agentes públicos, 13 mandados de suspensão do exercício da atividade profissional, proibição de contato entre pessoas, proibição de acesso às dependência de órgãos públicos, além de monitoramento eletrônico, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, atendendo a requerimentos do Ministério Público contra 34 (trinta e quatro) pessoas envolvidas no esquema”, diz a nota divulgada pelo MPES.

Prosseguindo na nota, o Ministério Público informa que: “As investigações colheram evidências contundentes do envolvimento de agentes públicos, advogados e particulares em ações judiciais simuladas a partir de documentação falsa, direcionamento da distribuição dos processos e emissão indevida de alvarás, com indícios de recebimento de vantagem indevida e lavagem de ativos.”

  • Residências de investigados, locais de trabalho, dependências de órgãos públicos e de empresas suspeitas de integrar o esquema são alvos das diligências.

A operação desta quinta-feira, envolveu ao todo, 9 membros do Ministério Público coordenam os trabalhos, auxiliados por 97 policiais.

ATUALIZAÇÃO – NOTA OFICIAL DA OAB-ES

Às 14h11 desta quinta-feira ao ser questionada sobre a prisão dos advogados, a seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) emitiu a seguinte nota oficial:

“Nota da OAB-ES 

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Espírito Santo (OAB-ES) está acompanhando o caso e buscando informações para tomar as providências cabíveis, observando as prerrogativas da advocacia e as normas do Código de Ética e Disciplina da OAB.”