É o como se referem os bolsonaristas que apóiam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) bolsonaristas a quem tenta ficar mudo em depoimento a uma CPI, escudado por um habeas corpus. Entre esses está o próprio filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, o general da ativa Eduardo Pazuello vem se esquivando para depor na CPI da Pandemia. Primeiro em 6 de maio último, quando usou como desculpa para não comparecer à CPI que teve contato com pessoas infectadas com Covid-19. Agora quer ficar mudo com a garantia de um habeas corpus.
“O que o senhor prega para os outros é só bom para os outros ou o senhor acha tem que ser bom para si próprio também? Eu sei que tem o habeas corpus preventivo para não falar também. Perde essa excelente oportunidade e endossa o que eu acabei de falar. É uma pessoa covarde, segundo o dicionário Aurélio, que não tem um pingo de vergonha na cara de falar o que bem quiser no Palácio do Planalto e chegar aqui na frente das pessoas destinatárias da sua fala e fazer essa cara de paisagem”, disse Eduardo Bolsonaro para um depoente de uma CPI ainda no governo de Dilma Rousseff.
“Só bandido usa isso”
Em 2015 o atual ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, afirmou para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, durante um depoimento em CPI, quando ele adotou a mesma postura de silêncio que “quem se vale do direito ‘ficar calado’ tem coisa a esconder , só bandido usa disso”. Não satisfeito em fazer a afirmativa dentro do Congresso Nacional, Lorenzoni postou a sua afirmativa em sua conta no Twitter.
O general Pazuello, que nada sabe de saúde, já que a sua especialista é o transporte de armas letais e munições, teme ser ouvido já que poderá ser enquadrado como genocida, juntamente com o presidente Bolsonaro. Foi durante os 10 meses de desmandos á frente do Ministério da Saúde que a pandemia explodiu em número de casos de infecções e de mortes no Brasil. Na crise sanitária de Manaus, ao invés de utilizar as recomendações da ciência, optou em enviar emissários para “convencer “ os médicos do Amazonas a usar a cloroquina, o remédio sem nenhuma eficácia contra o Covid-19.