Os caminhoneiros, onde boa parte ainda apoia Bolsonaro, foram “contemplados” com um aumento de 14,15%¨. Já a gasolina teve o preço elevado em mais 5,33%. Os novos preços entram em vigor a partir dos primeiros minutos deste sábado (18)
Dessa vez vai ser difícil os bolsonaristas que ainda restam continuar defendo o desgoverno do presidente Jair Bolsonaro (PL). A Petrobras anunciou às 8h49 da manhã desta sexta-feira (17) mais um aumento nos preços dos combustíveis. O governo Bolsonaro contemplou os caminhoneiros, onde boa parte ainda defendem o atual presidente com um mega aumento de 14,15% e elevou a gasolina em mais 5,33%. A política suicida adotada pela Petrobras está contribuindo para dizimar a economia brasileira, contribuindo para o desemprego, para a fome e para a miséria.
Apenas no primeiro trimestre deste ano, a Petrobras festejou ter obtido entre janeiro e março um lucro R$ 44,5 bilhões, apenas com a atual política de atrelar o preço dos combustíveis, extraídos dentro do Brasil, no preço internacional e em dólar. No dia 5 de maio, quando divulgou o lucro bilionário em apenas três meses, a Agência Brasil informou que a Petrobras alegou que foi devido a “ganhos cambiais devido à valorização do real frente ao dólar e os preços do petróleo no período”.
Petrobras continua defendo a paridade de preço dentro do Brasil ao dólar
A empresa distribuidora de combustíveis voltou a defender a paridade do preço do combustível extraído com custos em real para o valor internacional, em dólar, que é a política de preço defendida por Bolsonaro. “Não obstante, quando há uma mudança estrutural no patamar de preços globais, é necessário que a Petrobras busque a convergência com os preços de mercado. É esse equilíbrio com o mercado global que naturalmente resulta na continuidade do suprimento do mercado brasileiro, sem riscos de desabastecimento, pelos diversos atores: importadores, distribuidores e outros produtores, além da própria Petrobras”, diz a empresa em sua nota à imprensa.
Para tentar passar a impressão de que a elevação de preço não é abusiva, na nota a Petrobras evita falar do preço do litro para o consumidor e se refere aos novos valores desse jeito: ”Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,81, em média, para R$ 2,96 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,15 por litro. Com isso, o aumento é de 5,33%.
Para o diesel, foi anunciado de forma semelhante: “Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,42, em média, para R$ 5,05 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,63 por litro”. Nesse caso, o tarifaço é de 14,15%.
O preço do gás de cozinha não sofreu aumento. “Esse posicionamento permitiu à Petrobras manter preços de GLP estáveis por até 152 dias; de diesel por até 84 dias; e de gasolina por até 99 dias. Esta prática não é comum a outros fornecedores que atuam no mercado brasileiro que ajustam seus preços com maior frequência, tampouco as maiores empresas internacionais que ajustam seus preços até diariamente”, disse a Petrobras. O litro do óleo diesel foi de R$ 4,91 para R$ 5,61 e o da gasolina subiu de R$ 3,86 para R$ 4,06.