A destruição do planeta pela ganância do lucro pelo lucro, levou ao planeta a se aproximar de uma ampla devastação e ao desaparecimento acelerado de espécies de animais e de plantas. No Brasil não há um serviço público federal atuando para denunciar a destruição das florestas brasileiras, devido à ganância por dinheiro de madeireiros, garimpeiros, criadores de gado e grandes empresas do agronegócio
O desmatamento desenfreado, que não se preocupa com as gerações futuras, vem provocando a extinção de várias espécies animais. Nesta última semana, causou perplexidade o anúncio feito pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos, que propôs a remoção de 23 espécies da lista de animais e plantas ameaçadas de extinção porque sua recuperação não é mais possível. Já estão extintos. Entre esses está o pica-pau-bico-de-marfim (Ivory-billed woodpecker), o maior pica-pau americano e a ave que inspirou o personagem do desenho animado.
O Pica-pau-de-bico-de-marfim foi talvez a espécie mais conhecida que o serviço de pesca e Vida selvagem dos EUA na quarta-feira vai anunciar que está extinto. Ele saiu obstinadamente e com fanfarra, fazendo aparições não confirmadas nas últimas décadas que desencadeou um frenesim de buscas infrutíferas nos pântanos de Arkansas, Louisiana, Mississippi e Flórida.
Extinção acelerada começou na década de 1960
Outros, como o pigtoe plano, um mexilhão de água doce no sudeste dos Estados Unidos, foram identificados na natureza apenas algumas vezes e nunca mais foram vistos, o que significa que quando eles conseguiram um nome eles estavam desaparecendo da existência. Todas as 23 espécies ficaram na lista de animais em extinção como uma forma de manter a expectativa de que poderia um dia ser retirada diante da volta das espécies à natureza.
A extinção foi nortada ainda nos anos da década de 1960, mas apenas 11 espécies anteriormente foram removidas devido à extinção em quase meio século desde que a Lei de Espécies Ameaçadas de extinção foi assinado em lei. A União Internacional para a conservação da natureza, um grupo baseado na Suíça que rastreia extinções globalmente, não está colocando o Pica-pau-de-bico-de-marfim em sua coluna de extinção porque é possível que as aves ainda existam em Cuba, disse Craig Hilton-Taylor.
Mudança climática
Em nota enviada à imprensa, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos informou que devido à mudança climática e a perda da área natural levou, cada vez mais espécies à beira do abismo. “A Lei das Espécies Ameaçadas de Extinção tem sido incrivelmente eficaz na prevenção da extinção de espécies e também inspirou ações para conservar espécies em risco e seu habitat antes que eles precisam ser listados como ameaçados ou ameaçados”, disse o secretário Deb Haaland, que comanda esse órgão governamental. “Continuaremos a garantir que Estados, tribos, proprietários de terras privados e agências federais tenham as ferramentas necessárias para conservar a biodiversidade e o patrimônio natural da América”, completou.
“A retirada em definitivo das 23 espécies extintas da lista de animais em vias de extinção, evidenciam a importância dos esforços para a conservação das espécies antes que os declínios se tornem irreversíveis, prossegue o órgão na sua nota. As circunstâncias de cada um também ressaltam como a atividade humana pode impulsionar o declínio e a extinção das espécies, contribuindo para a perda de habitat, o uso excessivo e a introdução de espécies e doenças invasivas. Prevê-se que os crescentes impactos das alterações climáticas agravem ainda mais estas ameaças e as suas interacções. Eles também enfatizam os desafios de conservação do serviço. Quase 3 bilhões de aves foram perdidas na América do Norte desde 1970. Estas extinções evidenciam a necessidade de tomar medidas para evitar mais perdas”, conclui.
Criador do Pica-Pau
Foi em 1940 que o desenhista Walter Benjamin Lantz criou o desenho do Pica-Pau, ao se inspirar no pica-pau-bico-de-marfim. A atuação de Lantz no mundo do desenho animado começou efetivamente em 1929, quando começou a trabalhar no estúdio Universal, para dirigir a série Osvaldo, que era um coelho sortudo. Os direitos de uso desse personagem foram comprados por Walt Disney. Ao conhecer Carl Laemmle, fundador do estúdio cinematográfico Universal, Lantz foi convidado a montar um estúdio de desenho animado da Universal, que passou a se chamar Universal Studio Cartoons.
Em 1935, decidiu criar o seu próprio estúdio, o Walter Lantz Productions. Antes de idealizar o famoso Pica-Pau ao observar a ampla repercussão que teve, em 1939, a doação de um urso panda para o zoológico de Chicago, ele decidiu criar o personagem Andy Panda. Mas o sucesso veio mesmo no ano seguinte, quando ao ver o maior pica-pau dos Estados Unidos, decidiu criar o personagem infantil Pica-Pau. Nos 20 anos seguintes o Pica-Pau foi a série mais popular de desenho animado, sendo traduzido para mais de 60 idiomas e visualizado em mais de 70 países em todo o mundo. Ao longo dos anos, no Brasil houve cinco dubladores do Pica-Pau.
Walter Lantz morreu 22 de março de 1994 por insuficiência cardíaca, tendo produzido ao longo de sua vida cerca de 800 curtas-metragens, destes foram 200 com o Pica-Pau. Ele era descendente de imigrantes italianos e começou a sua carreira profissional como office-boy em um jornal do empresário da comunicação William Randolph Hearst, na cidade americana de New Rochelle. Para completar a família do Pica-Pau, Lantz criou o maior inimigo do pássaro, o Zeca Urubu, Leôncio, Picolino, além da família urso. Para valorizar a sua contribuição à arte da animação, recebeu em Oscar honorário em 1979 e no dia 5 de março de 1986 foi contemplado com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.