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Pazolini descaracteriza trilha de 200 anos no Parque Gruta da Onça ao cobrir pedras seculares com cimento

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Natural no Espírito Santo (Iphan-ES) cobram explicações do prefeito de Vitória pela destruição que está promovendo em patrimônio histórico

Na parte inferior da foto é possível ver a destruição do sítio histórico com camada de cimento | Foto: Arqqueólogos/Redes sociais

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Vitória, instaurou procedimento para apurar denúncia de descaracterização de uma trilha de pedras construída há aproximadamente 200 anos, no Parque Municipal Gruta da Onça, localizado no Centro Histórico de Vitória. O caminho foi construído por escravos e faz parte dos atrativos do parque municipal.

O antigo e histórico caminho com pedras, que o prefeito bolsonarista de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) quer destruir faz parte de três atrativos históricos enumerados por arqueólogos capixabas. Os outros dois são o chafariz e o aqueduto da capixaba. O parque foi criado em 1988 na gestão do ex-prefeito Hermes Laranja Gonçalves e reinaugurado em 1996 na gestão do ex-prefeito Paulo Hartung.

A destruição que Pazolini está provocando está eliminando a construção por escravos em estilo pé-de-moleque de uma calçada de pedra que remetia o visitante ao período do Brasil colonial. Além de destruir a calçada histórica o delegado da Polícia Civil que ocupa o cargo de prefeito está promovendo outra descaracterização, como a construção de um prédio moderno com três andares, em um situo histórico.

Início do acesso ao Parque Municipal Gruta da Onça, no Centro de Vitória | Foto: Arquivo/PMV

Escondendo riqueza histórica com cimento

O MPES recebeu informações de que a prefeitura do município realizou obras no local e lançou concreto armado sobre o caminho, que atravessa todo o parque. A alteração ocorreu após a retirada e o amontoamento das pedras seculares, como parte de um conjunto de obras que seriam para melhorias do parque.

Com vistas à apuração dos fatos, o MPES requisitou à Prefeitura de Vitória as informações e providências adotadas em relação ao caso. Após receber o ofício do MPES, o município terá um prazo de 15 dias para enviar a resposta à instituição, informou o MPES através de nota distribuída à imprensa.

MPES e Ipahan cobram explicações

Além do MPES, o Instituto do Patrimônio Histórico e Natural no Espírito Santo (Iphan-ES) também está atendo á destruição promovida pelo delegad0-prefeito. O Iphan já fez uma vistoria no local para contatar a irregularidade promovida pela Prefeitura de Vitória (PMV). O órgão federal disse através da imprensa que foi motivado a fazer uma vistoria após recebe denúncias de arqueólogos, uma vez que obras históricas tem proteção do Ipahn.

O MPES informou que recebeu informações de que a prefeitura do município realizou obras no local e lançou concreto armado sobre o caminho, que atravessa todo o parque. A alteração ocorreu após a retirada e o amontoamento das pedras seculares, como parte de um conjunto de obras que seriam para melhorias do parque. Com vistas à apuração dos fatos, o MPES requisitou à Prefeitura de Vitória as informações e providências adotadas em relação ao caso. Após receber o ofício do MPES, o município terá um prazo de 15 dias para enviar a resposta à instituição.