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Pazolini vai na Câmara e não responde perguntas de vereadores de interesse dos moradores

O prefeito não respondeu perguntas de vereadores de oposição sobre a recusa em contratar médicos especialistas, volta do restaurante popular, perdas salariais dos servidores públicos municipais, sobretaxa para reduzir salários dos aposentados na reforma previdenciária que elaborou, e nem o que pretende fazer diante da variante Ômicron, já transmitida de forma comunitária

O prefeito nada falou sobre o caos que se encontra a saúde, com falta de médicos especialistas | Foto: CMV/Divulgação

O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) que descumpriu a legislação que determina o comparecimento à Câmara de Vereadores duas vezes por ano para prestar contas, esteve nesta quarta-feira (22) e frustrou por não responder aos questionamentos mais importantes. Pazolini ficou durante quatro horas, entre 15h e 19h no legislativo, sem responder a questionamentos das duas vereadoras de oposição.

O caos da sua gestão na área de saúde, devido a sua negativa em contratar médicos especialistas, foi questionado pela vereadora Camila Valadão (PSOL). “Com praticamente 12 meses de gestão, obviamente, acumulamos um conjunto de questionamentos para o Executivo. O Prefeito não respondeu nossas perguntas”, disse a vereadora do PSOL.

Para quem tiver paciência em assistir asa quatro horas de sessão, a íntegra está neste vídeo | Vídeo: TV Câmara de Vitória

“Cobramos mais contratações, já que temos um acumulado de déficit de recursos humanos nos equipamentos de saúde da nossa cidade e, mesmo com um concurso vigente, várias profissões não tiveram nenhuma convocação. Provocamos: a gestão irá prorrogar o concurso da saúde? Qual a previsão para convocar novos aprovados?”, disse Valadão.

A vereadora do PT, Karla Coser (PT) disse ao prefeito em seu questionamento sobre a redução no quantitativo de servidores da área de saúde, que foi reduzido de 3.090 para os atuais 2.851. Mas, o prefeito, que é um delegado de Polícia Civil licenciado e nunca teve experiência como administrador municipal, fez questão de destacar que entre as suas prioridades para o ano que vem está a aquisição de fuzis para a guarda municipal, para enfrentar a criminalidade da capital.

Da mesma forma que as perguntas das vereadoras (além das duas, apenas o vereador Alosio Varejão, do PSB, tem preocupações sociais com os munícipes da capital e pressiona o prefeito, já que os demais vereadores são alinhados de Pazolini) não foram respondidas na área de saúde, o prefeito também se omitiu em relação aos servidores públicos municipais.

Reforma da previdência e restaurante popular

“Abordamos o fato dela ser uma das mais cruéis do Brasil e ter sido aprovada à toque de caixa. Perguntamos ao Prefeito se há pretensão de diálogo com os aposentados e revisão da alíquota de 14% dos inativos abaixo do teto do regime geral da Previdência” e “Apontamos as perdas salariais, principalmente nesse contexto de alta da inflação. Indagamos: o que os servidores podem esperar da gestão? Teremos reajuste salarial? E o cumprimento dos planos de cargos e salários?”, disse Camila Valadão. Em vão, Pazolini não respondeu.

O prefeito, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não respondeu perguntas cruciais para quem está desempregado e incluido no mapa da fome, que retornou ao Brasil no atual governo federal. “Questionamos sobre a lógica e a previsão para a reabertura do Restaurante Popular”. O prefeito do Republicanos ainda não respondeu quais providências pretende tomar diante do anúncio da Secretaria de Estado da Saúde sobre a transmissão comunitária da variante Ômicron na cidade onde ele é prefeito.

Ele ainda não respondeu sobre a pergunta da vereadora Camila Valadão sobre “a despreocupação da Prefeitura com alguns grupos historicamente vulnerabilizados. Mesmo cobrando e denunciando, até hoje, ainda não foram nomeados os cargos da Coordenação de Políticas de Direitos da População Negra e Coordenação de Políticas de Diversidade Sexual.”

“Além de pontuar que foi a primeira vez que o prefeito esteve naquele espaço, questionei a ausência de diálogo na construção das políticas para a nossa cidade e também fiz algumas perguntas que muitos de vocês me fizeram ao longo desse ano. É só passar pro lado pra conferir e também vou divulgar o link com minha fala completa”, disse Karla Coser.