Os criminosos estavam misturando metanol e álcool ao combustível, o que é proibido. Foram fiscalizadas empresas do ramo químico suspeitas de serem fachadas abertas no Espírito Santo por empresários paulistas, responsáveis por trazer o produto adulterado ao Estado
A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em conjunto com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a comissão dos Explosivos e Combustíveis da Assembleia Legislativa (Ales), deflagrou nesta última quinta-feira (10) a primeira fase da Operação Meta, que visa desarticular um esquema nacional de adulteração de combustíveis. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em empresas e transportadoras da Serra, residências de empresários em Vila Velha e na sede de uma rede que conta com nove postos funcionando na Grande Vitória.
Também foram ainda fiscalizadas empresas do ramo químico, suspeitas de serem de fachada, abertas no Espírito Santo por empresários paulistas, responsáveis por trazer o produto adulterado ao Estado. A ação também interditou quatro postos no estado do Rio de Janeiro com combustível adulterado por metanol e apreendeu 241 mil litros da substância que pertenciam a seis empresas do ES e estavam armazenados em um terminal no Paraná.
Ainda durante a operação foi apreendido petróleo de uma empresa que funcionava sem autorização na Serra. Foram apreendidos também celulares, computadores e documentos dos suspeitos que serão analisados para obtenção de provas. A quebra de sigilo fiscal de empresários e empresas foi obtida, passando agora a Secretaria da Fazenda (Sefaz) a fazer parte da operação para analisar a movimentação financeira da organização criminosa.