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Pesquisadores da Ufes iniciarão trabalho de prevenção da obesidade infantil na Grande Vitória

Segundo pesquisadores, a prevenção da obesidade deve ocorrer ainda na infância | Foto: Divulgação/Ufes

Um trabalho de prevenção da obesidade infantil em crianças de 7 a 10 anos de idade de famílias residentes em quatro municípios da região da Grande Vitória – Cariacica, Serra, Vila Velha e a capital ­– será realizado por pesquisadores da Ufes. A ação irá contemplar cerca de 400 grupos familiares cadastrados nas unidades de saúde da família dos quatro municípios, e o objetivo é avaliar o impacto da obesidade infantil com abordagem multidisciplinar de prevenção.

Os encontros virtuais para o lançamento do projeto ocorreu na tarde desta quinta-feira (22) e será repetido nesta sexta-feira (23), às 10h30 através do endereço eletrônico http://meet.google.com/fsq-snrz-rhn. A coordenadora do projeto, Maria del Carmen Molina, professora do Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde (PPGNS) do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Ufes, disse que dados preliminares indicam taxas preocupantes de excesso de peso entre crianças na região metropolitana da Grande Vitória.

Taxa elevada

“Sim, há indicadores do Programa Bolsa Família que mostram prevalência elevada, entre 22% a 25%, de crianças na faixa etária de 5 a 10 anos de idade com excesso de peso”. Ela acrescenta que há estudos de base escolar que também mostram percentuais elevados.

De acordo com a pesquisadora, a primeira etapa do estudo será de coleta de dados em cada município. Ela diz que, para o desenvolvimento do trabalho, será necessário realizar uma avaliação sobre as restrições sanitárias em cada município, devido à pandemia de covid-19, considerando que o projeto prevê visitas domiciliares.

Riscos maiores

A pesquisadora Miriam Barbosa, também do PPGNS e coordenadora adjunta do projeto, destaca a importância da prevenção da obesidade ainda na infância. “Vários estudos demonstram que a obesidade está associada ao risco maior de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, câncer, apneia do sono, diabetes, entre outras”, salienta.

As pesquisadoras observam que a obesidade também é um fator de risco para o agravamento da covid-19, independentemente da idade ou da existência de comorbidades, como diabetes, hipertensão, doença cardíaca ou pulmonar. “O impacto da obesidade é uma crescente e desafiadora demanda de assistência à saúde, e daí a importância das ações de prevenção no âmbito da atenção primária”, sustenta Maria del Carmen Molina.

Participação

O projeto conta com a participação de pesquisadores da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e da Universidade Estácio de Sá, e envolve profissionais de saúde dos quatro municípios, além de pesquisadores das áreas de Nutrição, Educação Física, Psicologia e Medicina.

O estudo é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).