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Pesquisas da Ufes com drones são premiadas em congresso nacional de aviação agrícola

Na foto, da esquerda para a direita – João Guilherme Nunes, Maria Eduarda Audízio, Thales dos Santos, Edney Vitória e Luís Felipe Ribeiro, do LMDA | Fotos: LMDA/Ufes

Duas pesquisas do Laboratório de Mecanização e Defensivos Agrícolas (LMDA), vinculado ao Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas do campus de São Mateus da Ufes, foram premiadas no Congresso Científico da Aviação Agrícola, realizado entre os dias 18 e 20 de julho em Sertãozinho, São Paulo.

Qualidade da pulverização com aeronave remotamente pilotada na citricultura, de autoria do professor e coordenador do LMDA, Edney Vitória, e dos estudantes de pós-graduação Thales dos Santos e João Guilherme Nunes, recebeu o prêmio de R$ 2 mil pelo segundo lugar no congresso. Já Controle da mancha de phoma em aplicações utilizando aeronaves remotamente pilotadas em Coffea arabica, assinada por Edney Vitória e César Krohling, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), foi agraciada com a menção honrosa Destaque Inovação. Dos 12 trabalhos finalistas, sete são de pesquisadores do LMDA.

Realizada em campo entre 2020 e 2021, a pesquisa premiada com o segundo lugar trata da pulverização de defensivos agrícolas na cultura do limão por meio de drones, em comparação à pulverização tradicional, feita com veículos tratorizados. “O objetivo era minimizar a quantidade de defensivos aplicados, reduzindo o impacto no meio ambiente. Esse objetivo foi atingido”, explica o coordenador do laboratório.

O outro estudo do LMDA, executado entre 2021 e 2022, também se refere a drones pulverizadores, desta vez à aplicação de fungicidas no controle da doença mancha de phoma no cultivo de café. “É uma das doenças mais relevantes, que causam mais impacto na produtividade do cafeeiro”, diz o professor.

Investimento

Premiados no congresso, os pesquisadores combinaram de reinvestir os R$ 2 mil no laboratório. O valor permitirá a aquisição de um acessório chamado de “medidor de direção de vento para determinação de deriva”, conhecido popularmente como “biruta”. A deriva, explica o professor, é a quantidade de defensivos agrícolas levada pelo vento quando a aplicação do produto é mal-feita.

“As birutas são pequenas hastes que colocamos para extrair dados de deriva da pulverização. Não temos esses acessórios, então esse investimento vai ajudar bastante o laboratório no processo evolutivo e metodológico das pesquisas”, afirma ele.

Além das pesquisas premiadas no congresso, o LDMA conduz outros estudos com drones pulverizadores, entre experimentos de iniciação científica e de mestrado. Os assuntos vão de controle químico em pastagens até a eficácia de bioinsumos no combate a pragas e doenças do mamoeiro. Em março deste ano, o laboratório teve uma pesquisa pioneira no controle de doenças no cafeeiro publicada na conceituada revista suíça Agronomy MDPI, ao lado de pesquisadores chineses.

Texto: Leandro Reis