fbpx
Início > Petistas capixabas vão combater o ódio e a intolerância bolsonaristas com amor

Petistas capixabas vão combater o ódio e a intolerância bolsonaristas com amor


“A gente sabe que isso é financiado por pessoas que tem poder aquisitivo, da área empresarial.”

Isaías Santana

Petistas capixabas vão promover a campanha do amor contra o ódio em muros pixados com ódio e a intolerância bolsonarista | Foto: Divulgação

Petistas capixabas vão implementar um projeto para combater o ódio e a intolerância de bolsonaristas antidemocráticos, financiados por empresários que se empenham contra a democracia, com amor. “A gente está vivendo a cultura do ódio”, disse o ex-presidente do Conselho de Direitos Humanos (CDH) do Espírito Santo, Isaías Santana. Ele se refere, além das interdições de vias e da baderna antidemocrática na Prainha, em Vila Velha (ES), que ocorre com o consentimento da Polícia Militar do Espírito Santo e da Prefeitura de Vila Velha, às pichações de ódio em muros de redutos bolsonaristas de Vitória (ES), como o Bairro Praia do Canto.

“As eleições que poderiam ser um momento em que a gente pudesse contribuir para que houvesse uma nova compreensão da vida social, da cultura do povo brasileiro, que é um povo alegre, que gosta de festas e que foram estremecidas durante esse governo, que começou com Michel Temer, com o golpe de 2016. E que acabou desembocando em um governo de extrema-direita, que acabou fortalecendo, promovendo essa cultura do ódio”, diz Santana.

“A gente perdeu várias famílias, perdeu amigos, relações familiares. O processo que estamos apostando é de reconstrução do Brasil. Reconstruir e fortalecer a democracia. A vitória do novo governo foi referendada, não só no voto, mas também pelas instituições brasileiras, com reconhecimento de vários países do mundo. No entanto há o enfrentamento desses grupos de ideologia de extrema direita que, além dos bloqueios das ruas que ainda não terminaram, enfrentando o Supremo Tribunal Federal”, disse o ex-dirigente do CDH Estadual.

‘Vistas grossas da PM e da Prefeitura de Vila Velha’

“E os atos antidemocráticos permanecem, como na Prainha (Vila Velha, ES), em frente ao quartel (do 38º Batalhão de Infantaria do Exército) e isso na cara das nossas instituições de Estado. A Polícia Militar fazendo vistas grossas. As guardas municipais fazendo vistas grossas. O Poder Executivo local. O Executivo estadual, que é o chefe da Polícia, não está cobrando ações. E aí acaba desembocando em ações que a gente tomou ciência de que em um imóvel supostamente fechado ali na Avenida Mascarenhas de Moraes (Beira-mar) pixaram” (palavras ofensivas contra Lula).

“Não tem noção dos processos que foram feitos, das ações em que declarou a inocência do Lula. A gente sabe que essa pessoa que fez essa incursão, essa intervenção no muro, ou é um jovem negro ou um jovem da favela e aí a gente estava pensando em abrir um inquérito, registrar um Boletim de Ocorrência, para que a Polícia indiciasse e abrisse um inquérito”, prosseguiu. O entrevistado acrescentou que, no Rio de Janeiro, os moradores das favelas foram os primeiros a dar início ao processo de intervenção artística sobre as pixações, de ódio bolsonarista, fazendo uma nova incursão com grafites no muro com mensagens positivas.

“Então, nós estamos pensando em tentar encontrar o proprietário da residência, para que a gente possa, além de apagar e a gente quer chamar os jovens que fazem o grafite, para a gente fazer uma incursão no muro. Uma atividade para que a gente possa resistir contra essa cultura do ódio. E contribuir também para mudar esse imaginário, que é a intolerância e a cultura do ódio. E ao mesmo tempo cobrar das autoridades. A nossa Constituição tem que ser respeitada. As autoridades não podem fazer vistas grossas, como está acontecendo no Brasil e particularmente no Espírito Santo”, proseguiu.

“Vamos fazer uma reunião para ver qual a melhor ação e a melhor forma de fazer isso. Mas a gente não vai deixar essa poluição (visual) na nossa Capital. Nós vamos apagar e fazer uma coisa para se ter uma outra versão dessa prática antidemocrática. A gente sabe que isso é financiado por pessoas que tem poder aquisitivo, da área empresarial”, concluiu.