fbpx
Início > PF e CGU desarticulam grupo que praticava corrupção na área de saúde pública do ES

PF e CGU desarticulam grupo que praticava corrupção na área de saúde pública do ES


Os policiais federais cumpriram 43 mandados judiciais de busca e apreensão em Cariacica, Vila Velha e Vitória (ES) e implementou 26 ordens de sequestro/bloqueio de bens e valores, até o montante total de R$3.843.552,50


PF e CGU desarticulam grupo que praticavam corrupção na área de saúde pública do ES | Vídeo feito pelo Grafitti News a partir de clipes enviados pela PF no ES

Na manhã desta quinta-feira (13) A Polícia Federal (PF) no Espírito Santo, com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e cooperação técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES), deflagrou a Operação “Anomia”, que desarticulou corrupção na área da saúde do Estado. O esquema criminoso, de acordo com a PF, envolve um conluio entre servidores públicos da área da saúde e empresários que comercializam medicamentos.

A ação envolveu 157 policiais federa is e 05 auditores da CGU, que cumpriram 43 mandados de busca e apreensão nos municípios de Vila Velha, Vitória e Cariacica/ES no Espírito Santo, bem como no Rio de Janeiro/RJ e em São Paulo/SP, expedidos pela Justiça Federal de Vitória com o objetivo de colher elementos adicionais sobre investigados. Além disso, foram implementadas 26 ordens de sequestro/bloqueio de bens e valores, até o montante total de R$3.843.552,50.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitações, peculato e associação criminosa. As penas para esses crimes, somadas, podem ultrapassar 20 anos de reclusão. Como é de praxe em operações policiais de cumprimento de ordens judiciais, os nomes dos alvos, tanto as pessoas físicas quanto às empresas, não é divulgado pela PF.

Diálogos

De acordo com nota divulgada pela PF, as investigações foram iniciadas em 2024, após a Polícia Federal obter diálogos suspeitos entre servidor público da área da saúde e empresários fornecedores de materiais hospitalares e medicamentos, no âmbito da Operação Manuscrito.

A investigação apontou que empresários corromperam o servidor público por meio do pagamento de propinas na ordem de 10% dos empenhos, em troca de favorecimento em licitações direcionadas, contratações irregulares e superfaturadas.

Além disso, durante as apurações, foram colhidos indícios de que, com a conivência do agente público, os empresários usavam a central de abastecimento farmacêutico do hospital público como extensão de seus estoques, retirando materiais para vender novamente a outros clientes.

O nome da operação, “Anomia”, significa um estado de desregulação social onde as normas se tornam confusas, fracas ou inexistentes. As investigações revelaram um cenário no qual leis eram ignoradas ou substituídas por regras informais criadas pelos próprios envolvidos.