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PF faz buscas na casa da irmã do governador de Roraima. Ela é suspeita de lavar dinheiro com venda de ouro ilegal

Vanda Garcia de Almeida está, na foto, junto com o irmão governador de Roraima, Antônio Denarium | Foto: Facebook de Antonio Denarium

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (10/2) a operação BAL, com o objetivo de investigar uma organização criminosa que coordenaria um esquema de lavagem de dinheiro fruto do comércio de ouro ilícito. São cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de bens, em Roraima e em Pernambuco, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima. Entre os alvos da operação está Vanda Garcia de Almeida, irmã do governador de Roraima, Antônio Denarium (PP).

Os policiais federais cumpriram o mandato de busca a apreensão no interior da casa de Vanda Almeida, que mora no Bairro São Vicente, em Boa Vista (RR). Além dela, há outros parentes do governador na lista da PF. Segundo nota da PF, as investigações tiveram início com o recebimento de informações acerca de uma abordagem da PRF a um dos suspeitos em uma rodovia do Estado. Durante a ação de rotina, os policiais verificaram inconsistências na narrativa dos passageiros de um veículo, os quais tentaram ocultar uma viagem recém realizada a Rondônia e encaminharam os fatos à Polícia Federal.

Análises da PF indicaram envolvimento do passageiro com outros suspeitos já investigados em outros procedimentos e conseguiram revelar um esquema que teria movimentado R$ 64 milhões em pouco mais de dois anos. Os valores seriam oriundos da compra e venda de ouro ilegal e contaria com o uso de empresas de fachada, que buscariam dar aspecto de legalidade às transações financeiras.

Suspeitos receberiam valores de diversos financiadores pelo Brasil e sacariam ou transfeririam os valores para pessoas e empresas no estado de Roraima, as quais seriam responsáveis pela compra de ouro ilegal. O nome da operação faz alusão a um composto utilizado no tratamento de envenenamento por ouro, o BAL (British anti-Lewisite), situação da qual, figurativamente, padeceria o estado de Roraima no momento.

Em nota, o governador disse que recebeu a notícia e desconhece o teor da investigação contra a irmã. Ele espera que eventuais responsabilidades sejam apuradas na forma da lei. Denarium afirmou ainda que está à disposição para esclarecimentos, e continuará colaborando com as ações em conjunto com o governo federal para a solução da crise yanomami..

Policiais federais e militares desenvovem operação de desmonte da atividade do garimpo ilegal nas terras Yanomami -|Foto: Divulgação/PF

PF começa a destruir maquinário de garimpeiros na TI Yanomami

A Polícia Federal começou, nesta sexta-feira (10), a implementar as ações de erradicação do garimpo em terras yanomami, de forma a interromper a logística do crime, “com foco na inutilização da infraestrutura utilizada para a prática do garimpo ilegal, bem como a materialização das provas sobre a atividade criminosa”. As ações ocorrem no âmbito da Operação Libertação. As informações, a seguir, são da Agência Brasil.

“O foco principal, neste momento, é interromper a prática criminosa e proporcionar a total e efetiva retirada dos não indígenas da Terra Yanomami, preservando os direitos humanos de todos os envolvidos”, informou a PF – que conta com a ajuda de Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Força Nacional e do Ministério da Defesa.

Em nota, o chefe da Diretoria de Meio Ambiente e Amazônia da PF, Humberto Freire, informou que as ações focam a logística do crime e o registro da materialidade delitiva, e não nas pessoas envolvidas, “de modo a evitar que haja dificuldades na saída dos não índios da Terra Yanomami”.

Segundo ele, há que se ter cuidado em evitar problemas devido ao fato de alguns garimpeiros não estarem conseguindo deixar a área. A preocupação do diretor é evitar que eles acabem sem meios de subsistência mínima. “Não podemos esquecer que o foco principal da operação é a desintrusão total dos não índios da TI Yanomami”, justificou. De acordo com a PF, a Operação Libertação será mantida até que a legalidade seja restabelecida na terra Yanomami..