De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), Fabiano de Oliveira, é uma das pessoas que lideram no Espírito Santo os grupos antidemocráticos, que vem atacando as instituições democráticas brasileiras
Nas primeiras horas desta segunda-feira (19), a Polícia Federal (PF) cumpriu o mandato de prisão contra o “pastor” Fabiano Oliveira, expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, desde a última quinta-feira (15). Ele, que é líder do grupo antidemocrático “Soberanos da Pátria”, voltado para incentivar atos contra a democracia brasileira, estava “foragido” na Prainha, em Vila Velha (ES), de onde fazia questão de continuar gravando vídeos ofendendo as instituições democráticas brasileiras e o próprio ministro Moraes.
Dos quatro mandatos de prisão expedidos por Alexandre de Moraes contra pessoas que foram acusadas de promover e estimular atos no Espírito Santo, para atacar a democracia e suas instituições, foram presos três com o “pastor” Fabiano. Os outros dois que já se encontram presos desde o último dia 15, são o vereador e presidente eleito da Câmara de Vereadores de Vitória (ES) para o biênio 2023-2024, os bolsonaristas Armando Fontoura Borges Filho, o Armandinho (Podemos) e o dono do portal Folha ES, o jornalista de Cachoeiro de Itapemirim, Jackson Rangel.
Ainda se encontra “foragido” o empresário do ramo de publicidade e candidato derrotado a deputado estadual pelo PTB nas últimas eleições, Maxcione Pitangui de Abreu. Na mesma quinta-feira da semana passada, o “foragido” Maxcione Pintangui foi se “esconder” dentro da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, onde desafiou o Judiciário e a própria PF. No Legislativo estadual, o “foragido” concedeu entrevista coletiva à imprensa, que dizia onde ele estava “escondido”.
Segundo informações da Superintendência Regional da PF no Espírito Santo, o “pastor” foi preso na madrugada desta segunda-feira, sem oferecer resistência e foi levado ao Departamento Médico Legal (DML), para em seguida ser entregue ao sistema prisional do Estado. Ele optou em ficar “foragido” junto a um grupo de bolsonaristas que vem permanecendo no Parque da Prainha, localizado em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército. Segundo a PF, não havia segurança física para que os agentes federais promovessem a prisão nos primeiros dias em que a ordem de prisão foi dada.
O “pastor” disse a Polícia Civil que é motorista
Fabiano Oliveira foi ouvido anteriormente pela Polícia Civil do Espírito Santo, a quem declarou ser motorista e não pastor. Líderes religiosos capixabas dizem desconhecer qual é a igreja evangélica que ele é vinculado. Nas redes sociais, não há um único pronunciamento de Oliveira pregando o evangelho, mas apenas a sua pregação de ódio contra a democracia e as instituições democráticas. Os mesmos líderes evangélicos garantem que ele nunca esteve em um púlpito de igreja para difundir o amor ao próximo, compaixão e tolerância, como preconiza Jesus Cristo.
As pessoas que promovem os atos antidemocráticos vem sendo alvo de reclamações de moradores e de comerciantes da região da Prainha, devido à baderna que promovem até durante a madrugada com carros de som, gritaria e interdição das ruas. No local há um tradicional comércio de peixes da colônia de pescadores, cuja baderna provocou queda nas vendas. A Polícia Militar do Espírito Santo vem sendo questionada nas redes sociais por ignorar a baderna bolsonaristas e de não retirar essas pessoas da Prainha.