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População mundial deve crescer em 2,2 bilhões até 2050 e chagar a 11,9 bilhões de seres humanos


Dados são de novo relatório do ONU Habitat, divulgado nesta semana. População urbana deve seguir crescendo e cidades precisam se reconstruir de forma inclusiva e sustentável. Segundo o Departamento de Assuntos Sociais e Econômicos da ONU, atualmente o planeta tem 9,7 bilhões de pessoas


Em 76 anos a população mundial irá triplicar, segundo a nova projeção da ONU para 2050 | Dados: ONU

O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, ONU Habitat, divulgou um relatório afirmando que a rápida urbanização foi apenas temporariamente atrasada pela pandemia do Covid-19.

O estudo aponta que a população urbana global deve crescer em mais 2,2 bilhões de pessoas até 2050. Atualmente, o planeta tem 9,7 bilhões de pessoas, segundo os dados do Departamento de Assuntos Sociais e Econômicos da ONU, Desa. Em 2019, a previsão de crescimento da população era de 2 bilhões até 2050.

Segundo o levamento, a fuga em larga escala das grandes cidades nos estágios iniciais da pandemia percebida no campo ou cidades menores foi uma resposta de curto prazo que não deve alterar o curso da urbanização globalmente.

Apesar da maior incidência do vírus nas áreas urbanas e das dificuldades econômicas criadas pela pandemia, as cidades estão mais uma vez servindo como polos de oportunidade para pessoas em busca de emprego e educação ou para se refugiarem de conflitos, afirma o relatório.

Cidades devem apresentar maior crescimento

Com as populações urbanas existentes também continuando a crescer naturalmente por meio do aumento das taxas de natalidade, particularmente em países de baixa renda, a população urbana deverá crescer de 56% do total global em 2021 para 68% em 2050.

O relatório conclui que “as cidades vieram para ficar, e o futuro da humanidade é, sem dúvida, urbano”, embora afirme que os níveis de urbanização são desiguais, com o crescimento desacelerando em muitos países de alta renda.

Urbanização como megatendência

Segundo a subsecretária-geral da ONU e diretora executiva da ONU-Habitat, Maimunah Mohd Sharif, a urbanização continua sendo uma poderosa megatendência do século 21. Ela explica que isso traz múltiplos desafios, que foram ainda mais expostos pela pandemia.

Para Maimunah Mohd Sharif, há uma sensação de otimismo de que o Covid-19 deu uma oportunidade de reconstruir de maneira diferente. Ela acredita que com as políticas certas e o compromisso certo dos governos, as crianças podem herdar um futuro urbano mais inclusivo, verde, seguro e saudável.

A publicação do relatório aconteceu durante o Fórum Urbano Mundial, a principal conferência global sobre desenvolvimento urbano sustentável. O evento foi realizado em Katowice, Polônia, de 26 a 30 de junho, convocado pela ONU-Habitat e coorganizado com o Governo da Polônia e a cidade de Katowice.

Cidades centralizam atualmente todos os desafios

Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, as cidades são centrais para “praticamente todos os desafios que enfrentamos” atualmente. E à medida que o mundo busca se recuperar da crise de saúde, será necessário considerar a igualdade de gênero na promoção de infraestrutura e serviços urbanos para dar a todas as pessoas, especialmente jovens, mulheres e meninas, acesso a um futuro melhor.

Ele lembra que os centros urbanos geram mais de 80% do PIB global, mas também são responsáveis por 70% das emissões de gases de efeito estufa e, assim, devem ser líderes de ação climática para manter a meta de 1.5oC ao alcance. O secretário-geral afirmou que muitas cidades do mundo todo estão se comprometendo em zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050 ou antes, no entanto, ele acredita que elas precisam de apoio mais coordenado de todos os níveis de governo, bem como parcerias o setor privado e a sociedade civil.