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Prefeitura de Vitória interrompe serviço Porta a Porta e deixa deficientes sem locomoção

O serviço Porta a Porta foi interrompido desde o inicio desta semana e deixa mais de 400 usuários sem locomoção | Foto: PMV

A gestão do prefeito de Vitória (ES), Lorenzo Pazolini (Republicanos) suspendeu sem aviso prévio o serviço Porta a Porta, que funciona há mais 20 anos proporcionando transporte a cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção na capital do Espírito Santo. A atitude do prefeito bolsonarista foi considerada pelos usuários como desumana e demonstração de incompetência em gerenciar uma cidade. Como é de seu hábito, o prefeito não deu nenhuma satisfação de sua atitude e as pessoas que dependem do serviço ficaram sabendo cinco dias atrás, quando receberam mensagem pelo celular dizendo que o serviço não seria mais oferecido, pois o contrato com a empresa prestadora não foi renovado.

Nesta semana, os mais de 400 usuários do serviço fizeram um protesto na frente da Prefeitura de Vitória (PMV) e tentaram sem sucesso, como era de se prever diante do comportamento do prefeito de não dar satisfação para o que faz ou deixa de fazer, e ouviram de um assessor uma explicação do motivo da incapacidade de Pazolini em gerenciar um município. A explicação foi que o contrato com o prestador de serviço acabou em dezembro e que a PMV pediu para estender até o início deste mês, sob alegação de que iria fazer uma nova licitação. Não houve interesse em fazer a licitação por parte da atual gestão da Prefeitura e por isso o serviço foi interrompido.

Prefeito não teve interesse na renovação do contrato e deixou mais de 400 usuários sem locomoção | Imagem: PMV

Prefeito abandonou à própria sorte

Assim, os usuários disseram que o prefeito deixou à própria sorte cada um dos usuários. São mães que reclamam que precisam levar o filho ao Hospital Infantil, que fica em uma ladeira íngreme no Bairro Santa Lúcia. Ou outra que alega que o Porta a Porta levava seu filho cadeirante diariamente à\ escola. Também há os idosos com dificuldade de locomoção que eram usuários do serviço, para se locomoverem até o serviço médico. Atletas paraolímpicos informam que estão sem condições de ir aos treinos.

Os usuários alegaram que quando iniciou a atual gestão bolsonarista na Prefeitura de Vitória, o serviço passou apresentar falhas, que culminou com a suspensão do Porta a Porta. Como Pazolini não dá atenção à quem quer falar com ele, os cadeirantes e pessoas com  dificuldades de locomoção estão fazendo questionamento através do Facebook pessoal de Lorenzo Pazolini, neste endereço.

Este é o caso de uma mãe indignada com o descaso e postou na página do prefeito no Facebook esse comentário: “E o nosso transporte Porta a Porta cadê a importância estamos sendo tratados com desigualdade mais que já enfrentamos. São ônibus sem elevadores que só cabem uma cadeira hora de espera por um transporte. Pasoline (Pazolini) estamos aguardando uma resposta justa e descente afinal somos ser(es) humanos. Tivemos esse direito adquirido e você finge que não vê.  Resposta descente Pasoline (Pazolini)”;

Depoimento comovente

Nas redes sociais o ex-presidente da Câmara de Vitória na legislatura anterior, Vinicius Simões fez um depoimento sobre o descaso de Pazolini com os cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção, usando as suas redes sociais. No vídeo ele recheou com depoimento de familiares de quem precisa do serviço. “O Porta a Porta na cidade de Vitória acabou”, resumiu o ex-vereador. “Não sei como levar o Brian para a escola, para tratamento.; Da minha casa à escola é muito longe. O Brian faz tratamento no Hospital Infantil, que tem aquela ladeira inteira para subir e eu também não tenho dinheiro para pagar táxi acessível para me locomover. Eu, literalmente, dependo do Porta a Porta para tudo”, diz a mãe no vídeo de Vinicius Simões.

“Se tiver alguém que puder ajudar, pelo amor de Deus me ajuda porque o prefeito tirou o direito de ir e vir do meu filho e de um monte de usuários”, prosseguiu a mãe em seu depoimento. O ex-vereador fez o seguinte comentário: “Era um dos projetos mais lindos de nossa cidade. O Porta a Porta era a expressão máxima do sentimento, de união, de solidariedade e de inclusão do povo de Vitória. E nós, o mínimo que podemos fazer é não se omitir. Resista Vitória”, finalizou.