Euclério Sampaio emitiu nota de repudio em seu nome (não tinha brasão oficial da Prefeitura) para dizer que não sabia que ao narrar a trajetória de Sebastião Salgado, a escola de samba “em nenhum momento nos informou que levaria para a avenida uma ala do MST”
Nesta quarta-feira (26) o prefeito de Cariacica (ES), Euclério Sampaio (União Brasil) se meteu em uma confusão e passou a ser criticado nas redes sociais por não conhecer o trabalho do renomado fotógrafo Sebastião Salgado, reconhecido internacionalmente. O fotografo foi homenageado na madrugada deste último domingo em um desfile da Escola de Samba Independentes de Boa Vista, cuja sede fica em Cariacica. A escola entrou no Sambão do Povo às 5h28 do último domingo.
O prefeito desconhece a ligação entre Sebastião Salgado e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Salgado passou três anos de sua vida junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizando o trabalho fotográfico retratado em sua obra, que aborda com sensibilidade as lutas e desafios dos trabalhadores rurais brasileiros.
Na sessão desta quarta-feira na Câmara de Vereadores de Vitória (ES), a vereadora Karla Coser (PT) abordou o assunto. As ofensas sem provas de Sampaio foram duramente criticadas pela vereadora. Ela assinalou que o MST é o maior produtor arroz orgânico na América Latina. “Criminalizar o movimento é atacar quem coloca comida na mesa dos brasileiros”, disse.
E acrescentou: “A Independentes de Boa Vista fez história ao homenagear Sebastião Salgado, que sempre retratou a luta por justiça social. Punir a escola por incluir o MST em seu desfile é um equívoco. Por isso acredito, e torço, pra que o Prefeito Euclério reveja essa decisão desmedida.”
“Nota de repúdio” assinalando desconhecimento de quem é Salgado
Tudo começou com uma nota de repúdio, onde o prefeito diz textualmente o seguinte: “Quando nos apresentaram o projeto, a escola nos informou que faria uma homenagem ao fotógrafo Sebastião Salgado. Em nenhum momento nos informou que levaria para a avenida uma ala do MST.” O “tribunal” das redes sociais acusou o prefeito de nunca ter lido nada sobre Sebastião Salgado e sua trajetória em defesa da terra e dos movimentos dos trabalhadores rurais. E que a sua nota assinalava esse desconhecimento.
Na sua “nota de repúdio”, Euclério ainda traz uma ameaça à Independentes de Boa Vista: “Vamos responsabilizar a escola da forma cabível.” E deixa ainda faz acusações, sem provas, ao MST: “Não compactuo com homenagens a movimentos criminosos, que espalham o terror e a tristeza no campo.” As afirmações do prefeito elevaram as criticas contra Euclerio, que foi chamado nas redes sociais de “porta-voz do agronegócio.”
Antes da acusação de “movimento criminoso” ao MST. O prefeito ainda afirmou que vai retirar a verba de apoio à escola de samba, que neste ano foi de R$ 650 mil. “ A partir deste ano, não faremos mais qualquer repasse à escola”, disse o prefeito em sua nota que é totalmente pessoal, sem o timbre ou até mesmo o nome da Prefeitura de Cariacica. Tem apenas o seu nome. O desconhecimento do prefeito à trajetória de Sebastião Salgado e sem envolvimento com o MST, levou à escola divulgar a seguinte nota de esclarecimento nas suas redes sociais.
Nota da Independentes de Boa Vista
“A Escola de Samba Independentes de Boa Vista informa que recebeu com atenção a Nota de Repúdio emitida pelo Prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio, em relação ao desfile da escola de samba que aconteceu neste último final de semana. Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para esclarecer alguns pontos importantes a respeito do enredo e da proposta artística apresentada pela escola.
O desfile deste ano teve como tema a vida e a obra do renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, reconhecido mundialmente por sua sensível e profunda documentação das questões sociais e-ambientais. Salgado, que viveu parte de sua juventude no Espírito Santo, é um dos maiores expoentes da fotografia contemporânea e foi homenageado pela Boa Vista em razão da relevância de sua trajetória e contribuição cultural. Importante ressaltar que Sebastião Salgado passou três anos de sua vida junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizando o trabalho fotográfico retratado em sua obra, que aborda com sensibilidade as lutas e desafios dos trabalhadores rurais brasileiros.
Uma das alas do desfile, intitulada “Terra”, faz referência a um dos livros mais emblemáticos de Sebastião Salgado. Esta obra retrata as lutas, os desafios e a dignidade – dos trabalhadores rurais brasileiros em sua busca pela reforma agrária. Assim, a representação apresentada no desfile visou unicamente destacar esse aspecto importante da obra do fotógrafo, evidenciando a realidade de milhares de brasileiros e promovendo uma reflexão sobre o tema, sem qualquer conotação partidária ou política.
A Independente de Boa Vista tem como propósito principal o fomento à cultura e ao desenvolvimento. social em nossa comunidade. Além de sua atuação no Carnaval, a «escola promove diversos projetos sociais, culturais e educativos que fortalecem os laços comunitários e geram oportunidades para crianças, jovens e adultos ao longo do ano. A Boa Vista também é responsável por gerar emprego e renda, movimentando a economia local e proporcionando ‘ oportunidades para muitos trabalhadores que atuam na confecção de fantasias, alegorias e em outras áreas relacionadas ao desfile.
É com tristeza que a escola de samba Independente de Boa Vista, juntamente com seus componentes, desfilantes, torcedores, amantes do Carnaval e da cultura do nosso estado, recebeu a Nota de Repúdio. Sabemos do coração bom de Euclério, por isso, ficamos na expectativa de uma reversão desse posicionamento. A Boa Vista é um dos maiores expoentes da cultura do Espírito Santo, levando o nome de Cariacica para o Brasil e para o mundo.
Reiteramos o respeito pela opinião do prefeito e reforçamos que o desfile buscou enaltecer a arte, a cultura e a história de um brasileiro que tanto orgulha o nosso país.
G.R.C.E.S.E.S Independente de Boa Vista”
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Sebastião Ribeiro Salgado Júnior, mais conhecido como Sebastião Salgado é economista formado pela Ufes (1964-1967), com mestrado na Universidade de São Paulo e doutorado na Universidade de Paris, também em Economia. Nascido em de Aimorés (MG) em 8 de fevereiro de 1944, migrou para a fotografia onde construiu uma sólida carreira. Mesmo sendo radicado em Paris há mais de 40 anos, possui residência na Ilha do Boi, em Vitória (ES). Salgado já viajou por mais de 120 países para realizar seus projetos fotográficos.
Quem é Sebastião Salgado
A maioria deles apareceu em inúmeras publicações de imprensa e livros. Exposições itinerantes de seu trabalho foram apresentadas em todo o mundo. Ele passou pelas principais agências de imagens do mundo, entre elas Sigma, Gama e Magnum. Premiado internacionalmente, realizou trabalhos – publicações e exposições – fundamentais para a compreensão dos movimentos de diferentes populações no mundo.
Juntamente com sua esposa, a arquiteta Lélia Wanick Salgado, criou o Instituto Terra, em Aimorés, voltado para projetos de recuperação de nascentes e reflorestamento de áreas degradadas. Em 2014, o cineasta alemão Win Wenders dirigiu, em parceria com Juliano Ribeiro Salgado, o documentário O Sal da Terra. A produção franco-ítalo-brasileira aborda a trajetória criativa do fotógrafo. Outro documentário é o Revelando Sebastião Salgado – Doc, que pode ser assistido no YouTube neste link.
De acordo com o historiador Pedro Vasquez, publicado na Enciclopédia Itaú Cultural, o trabalho de Sebastião Salgado pode ser comparado aos dos fotógrafos Eugene Smith (1918-1978) e Henri Cartier-Bresson (1908-2004). Em 6 de dezembro de 2017, tomou posse da cadeira n.º 1, das quatro cadeiras de fotógrafos da Academia de Belas Artes da França, substituindo Lucien Clergue, que morreu em 2014. Na cerimônia oficial de posse como imortal da Academia, recebeu o fardão e a espada, sendo o primeiro brasileiro a integrar o rol de imortais da instituição
Currículos de Euclério e de Sebastião Salgado
Currículo do prefeito de Cariacica divulgado oficialmente no site da Prefeitura:
“Euclério de Azevedo Sampaio Junior é advogado e aposentado da Polícia Civil. Possui uma reconhecida trajetória política como deputado estadual no Espírito Santo com cinco mandatos. É casado e pai de 4 filhos.”
Currículo de Sebastião Salgado
Sebastião Salgado (1944) é um fotógrafo brasileiro considerado um dos maiores talentos da fotografia mundial pelo teor social de seu trabalho.
Ele nasceu em Aimoré, Minas Gerais, no dia 8 de fevereiro de 1944. Passou sua infância na Fazenda Bulcão, na cidade de Aimorés em Minas Gerais, e parte de sua juventude em Vitória, no Espírito Santo. Formou-se em Economia na Universidade do Espírito Santo em 1967.
Em 1968, fez seu mestrado na Universidade de São Paulo. No mesmo ano, casou-se com a arquiteta e ambientalista Lélia Deluiz Wanick. Em 1969, perseguido pelo regime militar, mudou-se para Paris, onde fez seu doutorado.
Entre 1971 e 1973, Salgado trabalhou como secretário para a Organização Internacional do Café, em Londres. Em uma viagem para Angola, África, onde coordenou um projeto sobre a cultura do café, passou a fotografar como hobby.
Em 1973, de volta à Paris, Sebastião Salgado iniciou sua carreira como fotógrafo profissional. Como freelancer fez reportagens fotográficas para as agências Gamma, Sygma e Magnum.
Na Gamma, ele registrou imagens da Revolução dos Cravos. Na Sygma, fez o registro de vários eventos em mais de vinte países. Na Magnum, realizou viagens pela América Latina, entre 1977 e 1984.
Em 1981, trabalhando como repórter fotográfico do jornal New York Times, foi encarregado de registrar os primeiros 100 dias do governo do presidente Ronald Reagan.
Foi o único profissional a registrar o atentado ao presidente norte-americano Ronald Reagan, no dia 31 de março de 1981, fato que lhe deu destaque internacional.
Em 1986, publicou o livro “Outras Américas” que registrou as fotos que representavam as condições de vida dos camponeses e dos índios da América Latina.
Durante 15 meses, Salgado trabalhou com o grupo francês Médicos Sem Fronteiras, percorrendo a região do Sahel, na África registrando a devastação causada pela seca. Em 1986, publicou “Sahel: O Homem em Agonia”.
Entre 1986 e 1992, Sebastião Salgado produziu a série “Trabalhadores”, em que documentou o trabalho manual e as árduas condições de vida dos trabalhadores em várias partes do mundo.
Em setembro de 1986, o fotógrafo passou 33 dias nas minas de Serra pelada, no Estado do Pará, onde estava instalada a maior mina de ouro ao céu aberto do planeta.
Sebastião Salgado registrou o dia a dia de mais de 50 mil homens que viviam em condições desumanas, formando um verdadeiro formigueiro humano, dentro de um buraco que chegava a 200 metros de profundidade.
Em 1994, criou a empresa “Amazonas Imagens”, para gerenciar e publicar os seus trabalhos. Sua esposa é a autora do projeto gráfico da maioria de seus livros.
Em seu livro “Terra”, publicado em 1997, a temática foi o problema da questão agrária no Brasil.
Entre 1993 e 1999, Salgado viajou por diversos países e fotografou a luta dos imigrantes, que resultou no livro “Êxodos”, publicado em 2000.
O projeto Gênesis foi iniciado em 2004, concluído em 2012 e publicado em 2013. No trabalho, em viagem para diversas partes do mundo, Sebastião capturou toda a beleza da natureza e da cultura de povos que continuam vivendo de acordo com suas antigas tradições.
Em 2014 foi lançado o documentário “O Sal da Terra”, produzido por Juliano Salgado, filho de Sebastião, juntamente com o fotógrafo Wim Wenders.
O Sal da Terra relata a trajetória do fotógrafo desde seus primeiros trabalhos em Serra Pelada, a miséria na África e no Nordeste do Brasil, até sua obra-prima, “Gênesis”.
O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário de 2015.
Sebastião Salgado tem contribuído com organizações humanitárias, entre elas: o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ONG Médicos sem Fronteiras e a Anistia Internacional.
Em abril de 1998, Sebastião Salgado e Leila fundaram o Instituto Terra, uma Organização Não Governamental (ONG) para recuperar a Mata Atlântica e as nascentes da antiga Fazenda Bulcão, local onde Salgado passou a infância com sua família.
A fazenda, com mais de 600 hectares de terra, que está localizada em Aimorés, no leste de Minas Gerais, nas margens das nascentes que formam o córrego Bulcão, um dos afluentes do Rio Doce, foi utilizada para a criação de gado e estava bastante degradada.
Obras de Sebastião Salgado
- Outras Américas (1986)
- Serra Pelada (1999)
- Êxodos (2000)
- O Fim da Pólio (2003)
- Um Incerto Estado de Graça (2004)
- O Berço da Desigualdade (2005)
- África (2007)
- Gênesis (2013)
- Perfume de Sonho (2015)
- Gold (2019)
- Amazônia (2021)
O lado comunista de Salgado
No livro da escritora Isabelle Francq, sob o título “Da minha terra à Terra, focando sobre a trajetória de Sebastião Salgado tem o lado que o prefeito de Cariacica desconhece, por não ter lido a obra literária. É o seu lado comunista na sua juventude;
“Quando me decidi pela fotografia, experimentei de tudo: no esporte, retrato. Um dia, sem saber como ou por que, caí no social. Na verdade, era natural que isso acontecesse. Eu havia pertencido à juventude do início da grande industrialização brasileira, muito preocupada com as questões sociais”, inicia o fotógrafo.
“Logo depois de chegarmos à França, ainda estudante de economia, Lélia e eu pensamos em ir para a União Soviética aperfeiçoar nossa cultura de esquerda. Em 1970, fomos até Praga para visitar um amigo do tio de Lélia — seu tio era um dos fundadores do Partido Comunista brasileiro. Esse amigo era membro do comitê central do partido e estava refugiado na Tchecoslováquia. Em Praga, ele nos disse: “Esqueçam a União Soviética. Aqui, acabou, a burocracia tomou o poder do povo. Se vocês querem militar, façam isso na França, com os imigrados”. Que baque! Apesar de não sermos filiados ao PC, ficamos abatidos ao ver aquele homem que vivia dentro do sistema e havia perdido a fé no comunismo internacional sobre o qual havíamos baseado a esperança de construir um Brasil melhor”
Lentes focando trajetória de trabalhadores
As lentes do fotógrafo Sebastião Salgado se apropriam do cotidiano dos trabalhadores rurais e relatam a trajetória de luta, sonho e resistência do Movimento Sem-Terra. A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) retoma, nesta sexta-feira (16), a exposição Terra, no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa), apresentando a cartografia de não resignação dos camponeses sob o olhar do renomado fotógrafo.
São 30 cenas capturadas em preto e branco, entre os anos de 1980 e 1996, em comunidades localizadas no Sul da Bahia, Norte do Pará, e na região Sul do país, em constante situação de vulnerabilidade social e força coletiva. Nelas, Sebastião Salgado funde elementos documentais do fotojornalismo à emoção da pesquisa pontuada por uma arqueologia visual que reflete a condição humana e sua inter-relação com a política e a economia.
Algumas das distinções honoríficas de Sebastião Salgado:
1982
Prêmio Eugene Smith para Fotografia Humanitária, Estados Unidos.
Recompensa pelo trabalho de pesquisa sobre os camponeses na América Latina e ajuda para completá-lo, Ministério da Cultura, França.
1984
Prix de la Ville de Paris e Kodak pelo livro Outras Américas, França.
1985
Prêmio World Press, Holanda.
Prêmio Oskar Barnack, Alemanha.
1986
Prêmio Íbero-americano de Fotografia, Espanha.
“Photographer of the Year”, International Center of Photography, Estados Unidos.
Prêmio do Livro por Sahel: O homem em pânico, Rencontres Internationales d’Arles, França.
Prêmio ASMP (American Society of Magazine Photographers), Estados Unidos.
Grande Prêmio e Prêmio do Público do “Mois de la photo” pela exposição “Outras Américas”, Paris Audio Visuel, França.
1987
“Photographer of the Year”, American Society of Magazine Photographers, Estados Unidos.
“Photographer of the Year”, Maine Photography Workshop, Estados Unidos.
Prêmio Olivier Rebbot, Overseas Press Club, Estados Unidos.
Journalistenpreis Entwicklungspolitik, Sociedade Alemã de Fotografia, Alemanha.
Prêmio Villa Médicis Hors les Murs, Ministério das Relações Exteriores, França
1988
Prêmio Erich Salomon, Alemanha.
Prêmio Rey de España, Espanha.
“Photographer of the Year”, International Center of Photography, Estados Unidos.
Prêmio do Art Directors Club, Estados Unidos.
1989
Prêmio Erna e Victor Hasselblad, pelo conjunto da obra, Suécia.
Medalha de Mérito “Josef Sudek”, Thecoslováquia.
1990
Prêmio “The Maine Photographic Workshop” pelo livro Um incerto estado de
graça, Estados Unidos.
Visa d’Or, Festival International de Photoreportage, Perpignan, França
1991
Prêmio “Common Wealth”, comunicação de massa, Estados Unidos.
Grand Prix de la Ville de Paris, França.
Gold Prize do Art Directors Club, Estados Unidos.
1992
Eleito membro honorário da American Academy of Arts and Sciences, Estados Unidos.
Prêmio Oskar Barnack, Alemanha.
Prêmio The Art Directors Club, Alemanha.
1993
Prêmio do Livro por Trabalhadores, Rencontres Internationales d’Arles, França.
Troféu “Match d’Or” pelo conjunto da obra, França.
“The World Hunger Year’s Harry Chapin Media Award” de fotojornalismo pelo livro Trabalhadores, Estados Unidos
1994
Prêmio de Publicação pelo livro Trabalhadores, International Center of Photography, Estados Unidos.
Prêmio “Centenary Medal” e “Honorary Fellowship” da Royal Photography Society of Great Britain, Reino Unido.
“Professional Photographer of the Year”, Photoimaging Manufacturers and Distributors Association (PMDA), Estados Unidos.
Grand Prix National, Ministério da Cultura e da Francofonia, França.
Award of Excellence e Silver Award, Society of Newspaper Design, Estados Unidos.
1995
Medalha de Prata, Art Directors Club, Estados Unidos.
Medalha de Prata, Art Directors Club, Alemanha.
1996
Prêmio “Overseas Press Club of America”, Citation for Excellence, Estados Unidos.
Auszeichnung, Art Directors Club, Alemanha.
1997
Prêmio Nacional de Fotografia, Ministério da Cultura, Funarte, Brasil.
Prêmio “A Luta Pela Terra, Personalidade da reforma agrária”, Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, Brasil.
1998
Medalha de Prata, Art Directors Club, Alemanha.
Prêmio Alfred Eisenstaedt “Life Legend”, Life Magazine, Estados Unidos.
Prêmio Jabuti, categoria Reportagem, pelo livro Terra, Brasil.
Prêmio “Príncipe de Asturias de las Artes”, Espanha.
1999
Prêmio Alfred Eisenstaedt for Magazine Photography/ The Way We Live, Estados Unidos.
Prêmio Unesco, categoria Cultura, Brasil.
2000
Medalha da “Presidenza della Repubblica Italiana”, Centro de Pesquisa Pio Manzù, Itália.
2001
Doutor Honoris Causa, Universidade de Évora, Évora, Portugal.
Honorary Doctor of Fine Arts, New School University, Nova York, Estados Unidos.
Honorary Doctor of Fine Arts, The Art Institute of Boston, Lesley University, Boston, Estados Unidos.
Prêmio Muriqui 2000, Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Brasil.
Embaixador da Boa Vontade pela Unicef.
Prêmio “Ayuda en Acción”, ONG Ayuda en Acción, Madri, Espanha.
2002
Honorary Doctor of Letters, Universidade de Nottingham, Reino Unido.
The Art Directors Club 81st Annual Awards 2002 Merit Award, por O fim da pólio,
Estados Unidos.
2003
Prêmio Internacional da Photographic Society of Japan, Japão.
2004
Comendador da Ordem de Rio Branco, Brasil.
2005
Gold Medal Award for Photography, National Arts Club, Nova York, Estados
Unidos.
2007
Prêmio “Michael Horbach Stiftung”, Alemanha
2008
Prêmio “Faz Diferença” do jornal O Globo, Rio de Janeiro, Brasil.
2010
Prêmio “Excellence in the Reporting of Social Issues”, The American Sociological Association, Estados Unidos.
Prêmio “NANPA Lifetime Achievement”, The North American Nature Photography Association, Estados Unidos.
Prêmio Internacional “Save the Children”, Madri, Espanha.
“Gold Medal of Honour”, prêmio Al-Thani de Fotografia, Doha, Qatar.