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Prefeito de Vitória (ES) faz graves acusações de corrupção no Governo estadual sem provas


No Ofício ao MPES, a Procuradoria Geral do Estado a pede a abertura de apuração das denúncias sem provas feitas pelo prefeito bolsonarista de Vitória (ES) e que o mesmo forneça as provas imediatamente


Vídeo que circula nas redes sociais com Pazolini, de Vitória (ES), fazendo graves acusações sem citar provas, nem os envolvido. Na denúncia disse que foi em uma reunião em palácio que leva o nome de uma “autoridade católica” | Vídeo: Redes sociais

Bolsonarista-raiz, o atual prefeito de Vitória (ES), Lorenzo Pazolini (Republicanos) fez graves acusações de corrupção contra o governo estadual, n a manhã deste último sábado (14) sem fornecer provas documentais, fotos ou vídeos. As acusações foram interpretadas pelo mercado político como um Fake Nerws. Diante da falta de sustentação das denúncias, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) emitiu uma nota oficial, informando que entrou com uma Representação no Ministério Público Estadual (MPES).

De acordo com a nota oficial da PGE, o documento protocolado neste mesmo sábado no MPES, tem como objetivo de fazer com que Pazolini “informa imediatamente a quem está se referindo e comprove as suas acusações, sob pena de ser processado criminalmente por ofensa à honra provocada por imputações inverídicas”. As acusações foram feitas durante a inauguração da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Padre Guido Ceotto, no bairro Jardim Camburi, que exigirá investimentos de R$ 1 bilhão até 2024.

Pazolini fez acusações sem exibir provas e usou artifícios como chamar o Palácio Anchieta, onde teria ocorrido a suposta reunião (que ele não diz com quem foi e nem a data). “Em determinado momento do ano passado eu fui convidado a comparecer em uma reunião em um palácio, no Centro da Cidade, que leva também o nome de uma autoridade cristã, católica e vocês sabem o que estou falando”, começou a contar a história sem provas.

“E nessa reunião me falaram o seguinte: Prefeito nós queremos levar investimento pra Vitória. E eu disse assim, ótimo. Prefeito, nós queremos levar obras pra Vitória, e eu falei que bom, nós estamos ansiosos pra isso. Prefeito Pazolini, nós vamos investir X na cidade de Vitória porque é a capital do nosso Estado, e eu disse obrigado autoridade X. Só que no final tinha um porém. E agora eu vou contar pra vocês porque tenho esse dever e vou começar a fazer essa reflexão e o meu compromisso com a cidade de Vitória”, prosseguiu.

Qual empresa? Pazolini não diz e nem de que setor empresarial ela pertence

“A licitação tinha ganhador!!! A obra tinha que ser executada pela empresa tal. Eu vou repetir aqui, essa reunião se encerrou nesse momento em que eu bati na mesa e levantei. A licitação tinha vencedor sem ter começado. E a obra só poderia ser executada, presidente Erick Musso, por determinada empresa, e é por isso que estamos vendo o que estamos vendo no Espírito Santo. É por isso que tem tenda, que tem álcool em gel no Espírito Santo. E eu vou começar a revelar e dialogar com a cidade contando o que está acontecendo no Estado do Espírito Santo. E faço hoje a primeira dessas confidencias como cidadão, e não como prefeito”.

“E o que estou dizendo eu tenho como provar. Eu vou repetir o que foi dito, prefeito, vamos levar, mas tem ser com fulano de tal pra fazer a obra. Eu bati na mesa e sai dessa reunião. Essa é a cidade do Estado que nós não queremos. Retornar a antes de 2003, o Espírito Santo não quer e não merece. Passar pelo que nós passamos, o Espírito Santo não quer e não merece. Enquanto eu estiver vivo e Deus me der saúde vou defender essa cidade, vou defender esse Estado. Enquanto eu estiver saúde vou defender Vitória e vou defender o Espírito Santo de coisas que nós temos visto. Enfim, quero agradecer”, finalizou.

Na local onde as acusações foram feitas, Pazolini está com seu candidato a governadaor, Eerick Musso (ao lado esquerdo), o vereador bolsonarista do Caidadania Mauricioo Leite e o dirigente da CDTIV, o bolsonarista Evandro Figueiredo | Foto: Facebook

A nova escola, localizada na Rua Italina Pereira Motta, 615 e com quadra anexa à Rua Belmiro Teixeira Pimenta, 421,.vai criar de imediato apenas 45 novas vagas, já que tem capacidade para 319 alunos e desse total, 274 são destinadas aos atuais estudantes da Emef Maria Madalena de Oliveira Domingues.  O espaço da escola inaugurada pertencia a um colégio particular e que foi comprado pela gestão de Pazolini. “Pegamos um prédio que era de uma escola particular e realizamos intervenções para que este espaço estivesse à altura e no mesmo nível de qualidade que as nossas escolas públicas”, disse no evento a secretário municipal de Educação, Rohsner Vianna Toniati.

Nota oficial da PGE emitida neste última sábado (14) | Imagem: PGE

Ofício ao Ministério Público Estadual

O Ofício de número 140/2022 encaminhado ao MPES neste sábado está assinado conjuntamente pelo procurador-geral do Estado, Asson Hibner Amaral e pelo subprocurador-geral do Estado para Assuntos Jurídicos, Rafael Induzzi Drews. O documento foi dirigido à chefe do MPES, procuradora-geral de Justiça, Luciana Andrade. No início é relatado que as acusações sem provas foram feitas no Bairro Jardim Camburi, durante inauguração de uma escola municipal.

“O Chefe do Poder Executivo Municipal proferiu acusações de ter diretamente testemunhado a prática de supostos crimes contra a Administração Pública, notadamente de frustração do caráter competitivo de licitação (art. 337-F do Código Penal, e outros correlatos). Entretanto, não aponta qualquer prova do ocorrido, nem mesmo indica nominalmente os responsáveis pela suposta atuação ilícita citada no vídeo.  A despeito disso, mostra-se indispensável que tais questões sejam imediatamente esclarecidas para fins de conferência de sua autenticidade e comprovação. Desta forma, no bojo dos interesses do Estado do Espírito Santo, caso exista prática delituosa no âmbito da administração, deve o representado apresentar provas do ocorrido, e não o fazendo, ser responsabilizado civil e penalmente pela possível prática de crimes contra a honra”, diz trecho do Ofício.