O desconhecimento do delegado de Polícia e atual prefeito de Vitória (ES), Lorenzo Pasolini (Repubicanos) em administrar a área de saúde da capital, segundo denúncias de moradores do Centro Histórico de Vitória, levou a Unidade de Saúde de Vitória a suspender o agendamento online há mais de dois meses, por falta de médicos. A Unidade de Saúde do Centro conta com apenas um médico, que atende somente poucos casos emergenciais para os moradores que madrugam em busca de uma ou duas fichas por dia.
O descaso de Pasolini com a saúde é mais grave ainda no Centro de Referência DST/Aids de Vitória, que funciona no primeiro andar do mesmo endereço da Unidade de Saúde de Vitória, nas proximidades do Parque Moscoso. Simplesmente, o descaso do delegado licenciado levou ao Centro Especializado a não ter nenhum médico infectologista e há apenas um clínico geral que tem dificuldade para atender mais de três mil pacientes. Nas gestões dos ex-prefeitos Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB) e João Coser (PT) havia a oferta de cinco médicos infectologistas, que não existem mais na gestão do delegado-político.
Lideranças comunitárias do Centro de Vitória vem protestando contra o descaso do prefeito do Republicanos, por ter acabado com a saúde pública municipal e de não ter cumprido com a sua promessa de campanha. Para ganhar as eleições Pasolini faltou com a verdade, quando disse que as unidades de saúde iriam funcionar até as 22 horas. Coisa impossível de ser realizada diante da falta de médicos que ele criou. As lideranças políticas, inclusive alguns que o apoiaram na campanha eleitoral do ano passado, dizem que Pasolini não ouve e nem dá atenção aos seus pedidos, o que levou a irem fazer críticas à má gestão de Pasolini na área de saúde.
Descaso no PA de São Pedro
No dia 15 de março os moradores da Grande São Pedro promoveram uma manifestação que chegou interromper o fluxo de veículos na Rodovia Serafim Derenzi, para protestar contra o descaso de Pasolini com a unidade de Pronto Atendimento (PA) de São Pedro. A mesma ausência de médicos é verificada no PA. Naquela ocasião, Pasolini usou de sua assessoria de imprensa para colocar panos quentes na gravidade do problema para dizer que a prioridade era casos de urgência e emergência, e não se posicionou contra a falta de médicos.
Médicos alegam que há desinteresse em atuar nas unidades devido à política de baixos salários mantidas pelo prefeito Pasolini. Os valores são inferiores ao que é pago aos seus antigos cabos eleitorais, que atuam como assessores em cargos não concursados.