Enquanto isso, mais de 400 cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção continua passando por um drama para tentar chegar a hospitais e unidades de saúde
A Prefeitura de Vitória (ES) (PMV) continua sem uma data definida para o retorno do serviço de transporte cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. São mais de 400 pessoas cadastradas nesse serviço. O prefeito da Capital do Espírito Santo, Lorenzo Pazolini (Republicanos) deixou essas pessoas, sem renda suficiente para a locação de veículo especializado para esse tipo de transporte, desde o último dia 12 de março, quando deixou vencer o contrato que havia entre a PMV e uma empresa que prestava o serviço.
Somente no Diário Oficial do Município de Vitória em 18 de abril é que a gestão de Pazolini na PMV decidiu publicar o Aviso de Credenciamento 001/2022. A abertura das propostas ocorreu na manhã do último dia 5 de maio e, apesar de 35 download do edital para Credenciamento nº 001/2022, apenas a empresa Poltrona Plus Serviços Eirelii, representado pelo advogado Leonardo Silva da Costa apresentou proposta. Para habilitação no certame.
Licitação ainda não foi finalizada
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana (Setran) está sendo aguardada a finalização de um processo de licitação por meio de concorrência para credenciamento, para posteriormente montar cronograma com a volta do serviço. Não há data. Apenas existe uma estimativa da municipalidade de que a estimativa de finalização da contratação possa ocorrer nesta próxima sexta-feira (20).
No quarta-feira (11) da última semana, a Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES) anunciou que havia aberto uma consulta com os usuários do serviço de transporte de pessoas com dificuldade de locomoção da cidade de Vitória, o Porta a Porta. O objetivo da DPES é saber sobre os possíveis prejuízos que tiveram com a interrupção do serviço. A apuração das informações está sendo feita por meio de um formulário com preenchimento virtual que pode ser acessado clicando aqui.
Defensoria Pública quer apurar os prejuízos com prejudicados
O órgão quer identificar os usuários prejudicados e entender quais espécies de prejuízos foram sofridos em decorrência da paralisação do serviço. Além disso, a instituição quer saber se a Prefeitura de Vitória comunicou previamente e se tem adotado medidas eficientes durante o período de paralisação.
Nesta semana, o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Vitória (ES), Vinicius Simões publicou nas redes sociais um vídeo, onde mostra o drama que essas pessoas vêm passando devido à falta de cuidado da atual gestão de Pazolini com as pessoas menos favorecidas da Capital capixaba. Simões acompanhou a situação de uma criança com deficiência até o Hospital Infantil. “Eles usavam o Porta a Porta: serviço que foi encerrado na atual gestão da prefeitura de Vitória depois de 22 anos de existência”, diz Simões.