A primavera é chamada de estação das flores, mas neste ano com o excesso de queimadas, com a maioria sendo criminosa, pouco há de se comemorar da vegetação florida
Neste ano de 2024, a primavera começará oficialmente neste domingo (22), às 9h44, segundo o Observatório Nacional. Este evento marca a transição das estações, como o fim do inverno e a entrada da primavera. De acordo com a empresa Climatempo, que faz parte do Grupo StormGeo, líder global em inteligência meteorológica, a primavera deste ano trará dias de calor e aumento gradual da frequência de eventos de chuva, após o inverno seco.
A previsão da Climatempo é de que a passagem de frentes frias pela costa do Sul e do Sudeste é comum e alguns sistemas ainda podem ter intensidade moderada a forte, causando um resfriamento bastante acentuado, porém em geral por poucos dias. E acrescenta que a atuação de massas de ar frio de origem polar sobre o Brasil na primavera é mais comum na região Sul, em partes do Sudeste.
La Niña na primavera
Outra observação da Climatempo é que os principais centros de monitoramento do clima global já consideram a formação do fenômeno La Niña no decorrer da primavera de 2024. A estiagem deste ano começou mais cedo e isto é parte da causa do aumento dos incêndios florestais que estamos observando no final do inverno, garante a empresa de meteorologia.
“O retorno da chuva regular é muito esperado agora, não só para ajudar a apagar esses incêndios, mas para refazer a umidade do solo, para que se possa iniciar o plantio das novas safras agrícolas. A chuva do verão 2023/2024 ficou abaixo do desejado e o Brasil começa a sentir os efeitos dessa estiagem prolongada e do calor intenso”, acrescenta.
A empresa diz que houve um incremento na chance de La Niña segundo a última projeção do IRI/CPC. Agora há 81% de chance de ocorrência do fenômeno no trimestre outubro-novembro-dezembro (OND) e 83% para o trimestre novembro-dezembro-janeiro. Portanto, deveremos ter, sim, a instalação do fenômeno especialmente ao longo de outubro. O resfriamento também aumentou nas últimas semanas, em especial nas porções a leste do Pacífico Equatorial.
Com isso garante que haverá na primavera frentes frias mais frequentes, algumas continentais, muitas marítimas – a partir de dezembro, podem ficar estacionárias na altura do RJ, favorecendo a formação de grandes corredores de umidade.