Com a produção de cacau superando oito mil toneladas por safra, os produtores de cacau do Norte do Espírito Santo estão adotando novas tecnologias para incrementar a produtividade e a renda. O cacau, apesar de ser plantado tradicionalmente na sombra, sob árvores frondosas, passa por uma inovação no Espírito Santo, com o plantio em pleno Sol. A vantagem é que ocorre uma elevação na produção, além de permitir um maior manejo com a mecanização agrícola.
Através das redes sociais, a Associação dos Cacauicultores do Estado do Espirito Santo (Acau), informa que o seu secretário-executivo, André Scampini, na busca de novos clientes internacionais, teve a oportunidade de apresentar, em setembro último, na Feira Food & Beverage (FHA ), realizada na Singapura, na Ásia. O cacau produzido em Linhares (ES). Foram feitos diversos contatos com chocolateiros, importadores, e demais interessados, que aprenderam que existe um Estado entre a Bahia e o Rio de Janeiro. Sim. Até mapa político do Brasil tivemos que mostrar, para ensinar aos estrangeiros o que existe entre esses dois estados vizinhos”, assinalou a entidade.
Contato com compradores internacionais na Ásia
A Acau ainda desta que “Contatos como esses abrem brechas de oportunidades e que os contatos subsequentes, pós-feira, podem transformar em portas abertas. Na mala de volta ao Brasil não haverá contratos. Haverá contatos. A partir daí as conversações resultarão em negociações; as negociações resultarão em acordos e contratos; e esses resultarão em mercados inteiramente novos para o cacau linharense. Por isso, é importante continuarmos a fazer parte desses eventos, pois são eles que nos propiciam opções de negócios adicionais àqueles que atualmente temos. O mundo tem fome de chocolate. E nós podemos prove-los”, completa.
Os produtores capixabas de cacau já contam com posição firme no mercado internacional. A Acau diz que fabricantes de chocolate na França usam as amêndoas de cacau da Fazenda Guarani, sob a coordenação do produtor Eduardo Zucolotto, que, inclusive chegou a ganhar uma medalha de prata no International Chocolate Awards , na categoria “Micro-batch – plain/origin dark chocolate bars”. É lembrado que a fazenda Guarani pertenceu à família Rigoni e que atualmente está sob o comando de sua filha, a nutricionista Ana Claudia_nutrologa. A entidade ressalta que a aquisição da matéria prima no Estado demonstra “a qualidade do cacau produzido em Linhares.”