O projeto de extensão Práticas inclusivas na concepção do desenho universal: direito à aprendizagem e escolarização das pessoas com deficiência inicia neste mês de abril suas atividades com professores da rede pública no Espírito Santo (estadual, municipal e federal). O cronograma prevê a realização de seminários regionais e encontros de formação continuada nos municípios de Venda Nova do Imigrante, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e Cariacica até setembro deste ano, envolvendo aproximadamente 1.100 profissionais da educação.
Parceria entre a Ufes, instituição proponente e coordenadora do projeto; a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério dos Direitos Humanos; o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e o Instituto Federal Fluminense (IFF); com gestão da Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (Fest), o projeto propõe a formação continuada de professores com o intuito de ampliar o acesso, a permanência e a aprendizagem dos estudantes com deficiência.
O coordenador do projeto de extensão, professor Douglas Ferrari, explica que o público-alvo, no Espírito Santo, é formado por um número considerável de estudantes da educação especial, sendo fundamental que os sistemas de ensino se organizem para assegurar o acesso e a permanência de todos os estudantes na escola, sem perder de vista a qualidade do ensino ofertado.
“Um dos caminhos para promover a inclusão desses sujeitos é a realização de formações continuadas que atendam os profissionais, a fim de pensar a educação especial como uma política pública, além de efetivar práticas inclusivas para que estudantes com deficiência possam aprender os conhecimentos historicamente sistematizados pela humanidade”, afirma o professor na justificativa do
Avanços
Para a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da Ufes (Naufes), Déborah Provetti, “a chegada de estudantes com deficiência nas universidades em decorrência de avanços legais tem enriquecido os debates, apontando a importância da formação continuada de professores”. Ela acrescenta: “para que as mudanças das práticas inclusivas docentes ocorram, é necessário que o professor tome consciência de seu fazer pedagógico para, enfim, ressignificá-lo”.
Provetti destaca que “a educação é um processo de humanização e, como tal, desafia nossa sociedade historicamente construída – e em constante construção – a buscar avanços sociais que vençam barreiras impostas pelos preconceitos e pelos estigmas”.