Ocorreu na tarde desta última terça-feira (21/9) no Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES)a audiência pré-processual para definir o impasse do plano de demissão de centenas de trocadores de ônibus, visando elevação do lucro do setor. De um lado estava os representantes do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários) e do outro o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) e a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), representando o Governo Renato Casagrande. A reunião deu sequência à do último dia 14 de setembro.
Reunião virtual
Realizada de forma telepresencial, a mediação foi conduzida pela vice-presidente do Tribunal, desembargadora Daniele Corrêa Santa Catarina. Foi estabelecido um prazo de 72 horas (até o dia 24/9), para que o Estado, em conjunto com o GVBUS, envie termo de proposta, indicando o retorno dos cobradores aos “ônibus quentes” (veículos sem ar-condicionado) até o fim de 2021. O Sindirodoviários, por sua vez, tem até a próxima quarta-feira (dia 29/9), para aceitar, rejeitar ou propor um novo acordo.
Participaram da audiência, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do ES, Marcos Alexandre da Silva, acompanhado do advogado Rafael Burini Zanol; o representante do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GV-Bus), Elias Baltazar, acompanhado do advogado Carlos Eduardo Amaral de Souza; o procurador do Estado, Luiz Carlos de Oliveira, e o secretário estadual de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), Fábio Damasceno, que vem representando os interesses dos empresários.
O projeto de eliminar os trocadores no interior dos ônibus não é maléfica apenas para os empregos em pleno desemprego recorde no país e com a crise econômica gerada pelo governo Bolsonaro, mas é prejudicial também para os usuários. Os trocadores, além de contribuir com o motorista em executar manobras perigosas, ainda ajuda os cadeirantes acessar a escada dos coletivos e ajudam os turistas e moradores do interior quando estão presentes na região metropolitana de Vitória. Estes últimos ficam perdidos em como fazer o pagamento das passagens, já que o sistema é falho e o cartão GV não é vendido em bairros distantes, como Cariacica-sede.