Cinco anos após ter dado início ao Projeto Gorongosa, os frutos começam a ser colhidos. Em 2017, com orçamento inicial do projeto é de US$ 903 mil (R$ 4,64 milhões), a Ufes deu início ao projeto internacional de produção de café arábica de qualidade em Moçambique. A participação da universidade capixaba ocorreu devido a sua reconhecida experiência mundial de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) no desenvolvimento de pesquisa sobre café.
O orçamento foi financiado conjuntamente pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua de Portugal. Um dos especialistas à frente do desenvolvimento do projeto está o professor da Ufes Fábio Partelli. Agora, com a produção ocorrendo, 100% dos lucros de cada saco de café arábica de origem sustentável apoiam a educação das meninas no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique.
Café sustentável em Gorongosa, Moçambique
O objetivo foi a implementação de um sistema de produção de café sustentável no Parque Nacional da Gorongosa para reduzir o impacto ambiental, como os efeitos da deflorestação e da pressão das alterações climáticas, promovendo o agronegócio e elevar o rendimento e a segurança alimentar das famílias rurais da região. O Parque Nacional da Gorongosa é uma área de conservação situada na zona limite Sul do Grande Vale do Rift Africano, no coração da zona centro de Moçambique e é muito conhecido internacionalmente devido aos filmes da National Geographic exibindo os animais de grande porte africanos, como leões e elefantes.
O projeto Gorongosa Café apostou no estudo e desenvolvimento da produção de café na Serra da Gorongosa para restaurar a floresta húmida tropical e tirar a comunidade local da pobreza – mil famílias da região estão envolvidas neste projeto. O projeto tem como objetivo geral a caracterização e implementação de um sistema de produção de café sustentável, mitigando os efeitos da desflorestação e da pressão das alterações climáticas previstas para o corrente século, promovendo o agronegócio, aumentando o rendimento e a segurança alimentar das famílias rurais.
O projeto é fruto de de uma parceria institucional existente há mais desde o início dos anos 2000, que permite a execução de de trabalhos de pesquisa em café entre Brasil e Portugal, dentro do objetivo mútuo de apoiar o desenvolvimento de recursos humanos e tecnologia agrícola em Moçambique. O foco foi proporcionar inicialmente o benefício para 85 produtores rurais por ano, sendo 25% mulheres.