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Proprietários rurais do ES insistem em desmatar mesmo diante das mudanças climáticas

Proprietários rurais do ES insistem em desmatar mesmo diante das mudanças climáticas. Acima, a completa destruição ambiental na região de Águia Branca (ES) | Imagem: Flightradar24

Ignorando a gravidade das mudanças climáticas, proprietários rurais do Espírito Santo continuam insistindo em desmatar o pouco que ainda resta da Mata Atlântica, apenas interessados em ganhar dinheiro e lucro com a destruição ambiental. Na última semana, o projeto de Mapeamento Anual de Cobertura e Uso do Solo do Brasil (MapBiomas) observou através dos satélites americanos Landsat, que fornecem imagens de alta resolução, que um fazendeiro capixaba estava promovendo um desmatamento no distrito de Águas Claras, em Águia Branca (ES).

Imediatamente o MapBiomas enviou um alerta para as autoridades capixabas. A fiscalização do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) em parceria com a equipe do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BMPA), foram ao local. Ao chegar flagraram o crime de desmatando sendo executado em uma área de 50,8 hectares.

Os órgãos de defesa ambiental do Governo do Estado foram acionados pelo Mapbiomas | Imagem: Idaf

Crimes ambientais

O desmatador recebeu quatro multas no valor de R$470.254,04. De acordo com o Idaf, entre os crimes cometidos no local estão os previstos em leis de proteção da Mata Atlântica, como desmatamento ilegal em Área de Preservação Permanente (APP) e em vegetação com estágio inicial e médio de regeneração.

O diretor-geral do Idaf, Leonardo Monteiro disse que o Instituto vai acompanhar a recuperação do dano ambiental provocado por esse infrator, para garantir que a área volte a ser preenchida por Mata Atlântica. “Caso o infrator não cumpra o que determina o embargo, será multado novamente. Quem desmatar ilegalmente no Espírito Santo será punido e submetido a recuperar os danos que causou ao meio ambiente”, afirmou.

Segundo o Mapbiomas,. todos os mapas anuais de cobertura e uso da terra do órgão são produzidos a partir da classificação pixel a pixel de imagens Landsat. Todo processo é feito com extensivos algoritmos de aprendizagem de máquina (machine learning) através da plataforma Google Earth Engine que oferece imensa capacidade de processamento na nuvem.