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Protestos no Catar 2022: Entre esses o de países africanos que lembram da discriminação que ainda sofrem

Protestos no Catar 2022 teve jogadores de iranianos, países africanos, movimento LBGBTQIA+, além de farra de jogadores brasileiros saboreando bife coberto com ouro em pó e brutalidade com gato catari por membros da CBF | Vídeo: YouTube

A exploração capitalista na África, que persiste em pleno Século XXI e as guerras que prosseguem no continente africano, que são ignoradas pela grande imprensa internacional, foi motivo de protestos silenciosos de jogadores dessa região do mundo na Copa do Catar 2022. A Copa, um erro da Fifa ao escolher um país que preserva uma cultura medieval de repressão às minorais, como a comunidade LGBTQI+        e trata os trabalhadores estrangeiros como escravos, foi repleta de protestos.

Na indiferença global no Chifre da África está ocorrendo a maior tragédia desta “terceira guerra mundial em pedaços”, como a define o Papa Francisco. A culpa de três flagelos bíblicos concentrados no continente africano e ocorrem como em nenhum outro lugar do planeta. A imprensa internacional, principalmente, a europeia, opta em ignorar e dar destaque à Guerra da Ucrânia, devido à riqueza que está em jogo em uma guerra de interesses econômicos. A indústria de armas vive a sua gloria, devido a venda abusiva de armas no conflito da Ucrânia, enquanto que na África não há dinheiro para grandes aquisições de armamentos.

Ditadura familiar do Catar

A ditadura do Catar, país administrado por uma família oligárquica de milionários, teve exatamente nesta última sexta-feira (9), dia em que a Seleção de futebol do Brasil foi eliminada da Copa, outra denúncia de corrupção. A polícia da Bélgica prendeu a parlamentar grega Eva Kaili, que é uma das 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu, e outras quatro pessoas suspeitas de terem recebido propinas dos tiranos que governam o Catar.

Conforme investigação do Ministério Público da Bélgica, o Catar teria tentado “influenciar decisões econômicas e políticas do Parlamento Europeu, pagando somas substanciais de dinheiro ou fazendo doações significativas”. Os jornais europeus apontam que além da vice-presidente do Parlamento Europeu, o secretário-geral da Confederação Sindical Internacional (ITUC, na sigla em inglês), o italiano Luca Visentini, foi outro que se deixou corromper pelos ditadores do Catar.

Violações de Direitos Humanos

A ditadura catari é conhecida por violar sistematicamente os Direitos Humanos. Mulheres não têm direitos assegurados, no país onde as leis garantem o machismo. De acordo com o Human Rights Watch, o país adota regras discriminatórias de tutela masculina, negando às mulheres o direito de tomar decisões sobre suas vidas. Os despostas do Catar discriminam a comunidade LGBTIQI+ e tem como pena máxima o pré-histórico apedrejamento.

Diversas entidades internacionais já denunciaram os tiranos do Catar por ter transformado os operários que trabalharam na construção dos estádios da Copa como escravos. Além da escravidão e da falta de direitos trabalhistas, os ditadores da família real ainda cobram taxas ilegais para o recrutamento de “novos escravos”, não pagar salários e de ainda fazer pouco caso para os funcionários que foram feridos ou que morreram.

Além da recente denúncia de corrupção, ainda há outros casos, como a denúncia feita em 2020 pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que apontou o pagamento aos dirigentes da Fifa, para que o país fosse escolhido como sede da Copa 2022. Esse caso tornou-se conhecido como “Fifagate” e foi a maior investigação da sobre corrupção no futebol na História. Naquela ocasião, o Comitê da Copa do Mundo de 2022 chegou a emitir uma nota oficial para repudiar as acusações do governo americano.

Farra de jogadores brasileiros comendo bife coberto com ouro em pó, ao preço de R$ 9 mil a unidade | Vídeo: Redes sociais

Lambança e ostentação de riqueza

Os jogadores da seleção brasileira, Gabriel Jesus, Vinícius Junior, Eder Militão, além de Ronaldo Fenômeno, também foram criticados por ignorar a miséria existente no Brasil, e no mundo, e fizeram uma farra ao saborear bife regado a pó de ouro, ao custo unitário de R$ 9 mil cada pedaço de carne. A lambança dos jogadores brasileiros foi motivo de crítica do padre Júlio Lancelotti, religioso paulista que se dedica a zelar pelo bem-estar de pessoas pobres, que moram nas ruas. O jantar foi na churrascaria Nusr-Et, no Catar. Cada corte do polêmico bife de ouro 24 quilates custa R$ 9 mil.

“Vergonha”, disse o padre Lancelotti ao reproduzir o vídeo na sua conta pessoal do Twitter. Nesse mesmo vídeo ainda é possível ver o zagueiro da Seleção Brasileira, Éder Militão, ostentando um relógio de pulso Rolex Daytona Rainbow 116595, cujo valor é de aproximadamente US$ 574 mil, cerca de R$ 3 milhões. A imprensa brasileira lembrou que esse mesmo jogador tinha dito em Juízo que só poderia pagar R$ 6.060 de pensão alimentícia para sua filha Cecília, que teve com a influencer Karoline Lima. A alegação era porque mais do que esse valor, “poderia prejudicar o sustento da (sua) família.”

Meme da imprensa argentina sobre a forma bruta de como um integrante da CBF retirou um gato catari que entrou em coletiva de imprensa no Catar | Imagem: Reprodução do jornal argentino Pagina12

Grosseria com gato catari

A imprensa argentina não perdoou a grosseria com que um assessor de imprensa da CBF retirou, com grosseria, um gato catari que invadiu o auditório onde estava acontecendo a coletiva de imprensa nesta última quarta-feira (7) com o jogador Vini Jr. Os jornais de Buenos Aires reproduziram um dos memes que mais circulou nas redes sociais argentinas, onde o assessor pegou o gato pela pelagem e o jogou no chão. “La maldición del gato se hizo realidade. Brasil eliminado de Qatar 2022 (A maldição do gato se fez realidade. Brasil eliminado de Catar 2022), disparou o jornal de esquerda Pagina 12.

Na imprensa brasileira também foi aproveitada a brincadeira para relatar o “motivo” da derrota do selecionado nacional, por pênaltis, para a Cróacia. A queda da seleção trouxe de volta o episódio do gato na coletiva de imprensa de Vini Jr, diz um veículo de imprensa especializado em esportes. “O Brasil acabou sendo eliminado da Copa do Mundo de 2022 nesta sexta-feira (9), ao perder para a Croácia nos pênaltis. E tem muita gente lembrando do “caso do gato”, que aconteceu na quarta-feira (7), será que está tudo diretamente ligado?”, questiona a mesma publicação.