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Randolfe diz que Rose de Freitas participa de cortina de fumaça para desviar o foco na apuração da corrupção do Bolsolão do MEC


Em 12 de maio do ano passado, a senadora Rose de Freitas foi alvo de operação da PF que apurava corrupção de R$ 9 milhões na Codesa. Um de seus irmãos chegou a ser levado preso para depor na sede da PF.


Senador Randolfe diz que Rose de Freitas participa de uma cortina de fumaça para desviar o foco das atenções da CPI do Bolsolão do MEc, que apurará roubalheira feita por pastores evangélicos e corrupção na compra de ônibus escolar | Vídeo: YouTube

Pressionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a senadora capixaba Rose de Freitas (MDB-ES) voltou atrás de sua assinatura para a formação da CPI do Bolsolão do MEC, pediu para que fosse retirada e acusou sem provas de que não tinha assinado o documento. Esse é o resumo do que conta o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento. Para Randolfe, a ação de Rose de Freitas é uma forma de atender pedido do Palácio do Planalto, que não quer a CPI, criar com isso uma cortina de fumaça e desviar o foco do objetivo de apurar a roubalheira de pastores evangélicos no Ministério da Educação, além da corrução na compra de ônibus escolar.

Em entrevista a um portal de notícias do Espírito Santo, que deu espaço para a senadora da base bolsonarista, ela chegou a insinuar a expulsão do senador Randolfe, um dos mais atuantes do Senado. ‘A Senadora ou alguém por ela autorizado inseriu sua assinatura em apoio à CPI do MEC no sistema próprio (Sedol), por meio de tecnologia da informação que garante a integridade e a autenticidade de tal manifestação de vontade, segundo comprovam os documentos”, disse o senador através de sua conta no Twitter. 

 “Após, sem explicitar suas razões, requereu, pela mesma via, a retirada da assinatura, conforme documento eletrônico (SF 22298.37006-26). Menciona, inclusive, o desejo de ‘retirada da assinatura’ e, contraditoriamente, não pesou qualquer alegação de ‘fraude’”, prosseguiu Randolfe.

Do lado esquerdo o requerimento feito por Rose de Freitas para asinar a formalização da CPI do
Bolsolão do MEC. Do lado direito, ela pede para retirar sua assinatura | Imagens fornecidas por Randolfe Rodrigues

Só pede para tirar assinatura quem assinou, diz Randolfe

“Ora, só requer a retirada de um apoio quem o oferecera legitimamente antes, de modo a nos causar perplexidade a alegação de que o primeiro requerimento resultaria de fraude. Tal alegação, para além de soar francamente inverossímil, não se faz acompanhar de qualquer evidência. E, como orienta o melhor Direito, quem alega uma falsidade deve comprová-la de modo circunstanciado. IV. Celeuma similar ocorreu na CPI da Covid, ocasião em que a Sra. Senadora, depois de assinar o requerimento, sinalizou sua retirada de apoio e, após, recuou de tal medida”, continuou.

“A Senadora requereu apuração do caso. Quero dizer que solicitarei igualmente ao serviço de informática do Senado os registros de acesso (logs) e o endereço de IP (internet protocol) que evidenciem de onde partiram tais requerimentos. Não sei se será do interesse de S.Exa. conhecer das conclusões finais dessa apuração preliminar, mas certamente é de interesse público avaliar a seriedade da grave acusação levantada: confio que brevemente tais fatos virão à luz”, disse o senador do Rede em outra postagem.

De todos os agentes públicos se espera retidão e seriedade em suas alegações e não aceitaremos tentativas de tumulto orquestradas pelo Palácio do Planalto, com o único e desesperado fim de abafar as investigações dos graves escândalos descortinados no Ministério da Educação.