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Revista da Ufes faz um detalhamento sobre a hanseníase no Brasil, país que lidera a doença no mundo

A publicação da Ufes detalha como e porqu8e o Brasil lidera a doença no mundo | Foto: Reprodução/Ufes

Com o Brasil mantendo a liderança mundial em novos casos de hanseníase, a Ufes está lançando a 47ª edição da revista Dimensões – Revista de História da Ufes, com focando esse tema, com o artigo denominado “História da saúde e da doença: da lepra à hanseníase”. De acordo com a publicação semestral, voltada para a publicação de artigos inéditos e resenhas de autoria de mestres, doutorandos, doutores e convidados do Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIS) da Ufes, Brasil ainda é o primeiro país em incidência de hanseníase e o segundo em prevalência no mundo.

Proporcionalmente, também é o país mais atingido pela doença, perfazendo um índice de 93 a 94% dos casos de hanseníase em toda a América Latina, prossegue a publicação universitária, que poderá ser lida na íntegra no decorrer desta matéria em arquivo PDF. De acordo com a Ufes, nesse novo número da revista, o leitor vai encontrar um dossiê composto por sete textos de pesquisadores especialistas, provenientes de diferente Estados do Brasil, sobre a temática lepra/hanseníase.

No texto da publicação é abordado temas como: as implicações da doença e como ela foi negligenciada pela História; os desafios do tratamento da enfermidade; os doentes de lepra na colônia de Itanhenga no Espírito Santo; as medicações no combate à doença; o isolamento de crianças estigmatizadas pela hanseníase; a educação sanitária do Serviço Nacional da Lepra na década de 1940; a história e a política isolacionista para o combate da enfermidade no Brasil.

Quem foram os organizadores

Os textos da publicação foram organizados pelos professores Sebastião Pimentel, do PPGHIS-Ufes; Yara Monteiro, da Universidade de São Paulo (USP); e Zilda Maria Lima, da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Segundo os organizadores, as doenças e suas implicações sociais foram, durante muito tempo, um capítulo negligenciado pela história, e só a partir da década de 1950 e início da década de 1960 os primeiros historiadores vieram a se debruçar sobre o tema. . A integra da revista pode ser baixada clicando neste link  ou lida diretamente neste texto, em arquivo PDF a seguir:

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“No Brasil, os estudos das temáticas que envolvem o binômio saúde/doença e seus desdobramentos, são ainda mais recentes, crescerem a 
partir da vinda de Michel Foucault, para o Brasil, onde lecionou na Universidade de São Paulo, na década de 1970. Daí em diante, muitos outros trabalhos aparecem e os estudos sobre essas temáticas se avolumam, em especial a partir da criação dos cursos de pós-graduação Strictu Sensu, que se espalharam pelo país. Eles possibilitaram que os estudos dessas temáticas não ficassem mais restritos aos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, permitindo uma visibilidade aos chamados estudos regionais sobre o tema, que cresceram significativamente a partir dos anos 1990”, explicam.

Objetivo

“Nosso objetivo com a publicação da revista com o tema História da saúde e da doença: da lepra à hanseníase foi trazer o debate de algumas temáticas consideradas de interesse para o aprofundamento de pesquisas sobre a história da doença e do doente, como também permitir novas abordagens e perspectivas de análise sobre tópicos pouco estudados”, completam os pesquisadores organizadores da revista.

A revista Dimensões foi fundada em 1990 como Revista de História da Ufes. Em 2000, ela foi renomeada para Dimensões – Revista de História da Ufes. Em 2010, com o propósito de facilitar a difusão do conhecimento científico, o periódico passou a ser veiculado exclusivamente por meio eletrônico, com livre acesso por parte dos usuários.