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Saúde alerta sobre cuidados com a Sífilis

Neste sábado (16) é celebrado o Dia de Combate a Sífilis e Sífilis Congênita | Rerodução/Cartaz-Secretara de Estado da Saúde

Neste sábado (16) é lembrado o Dia do Combate a Sífilis e Sífilis Congênita. Este ano, o assunto é abordado com o tema “Testar e tratar gestantes e parcerias sexuais”, nesse contexto a Secretaria da Saúde (Sesa), esclarece sobre a doença. Considerada como doença sexualmente transmissível, a Sífilis é uma bactéria de nome ‘Treponema pallidum’, adquirida através da relação sexual sem proteção de preservativo com indivíduo infectado.

A doença pode se apresentar na forma de ferida (úlcera) nos órgãos genitais. Entretanto, na maioria das vezes, os sintomas não se manifestam e se não houver o tratamento correto, torna-se uma infecção por tempo indeterminado. A falta de informação e não saber se contraiu a bactéria são as principais causas para a transmissão.

De janeiro a junho de 2021, foram notificados 4.571 casos de sífilis adquirida, 717 casos de sífilis em gestantes e 243 casos de crianças com sífilis congênita no Espírito Santo. Já durante todo o ano de 2020, foram registrados um total de 3.263 casos de sífilis adquirida, 1.934 casos de gestantes com sífilis e 399 casos de crianças com sífilis congênita no Estado.

A referência do Programa DST Aids da Sesa, Sandra Fagundes Moreira da Silva, ressaltou a importância da prevenção e de detectar a doença ainda no início.

“A sífilis é uma doença que tem cura, porém uma vez que a pessoa não sabe se tem a infecção por sífilis, é importante como forma de prevenção, o uso do preservativo masculino ou feminino durante a relação sexual, além disso é importante comparecer em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), mais próxima e realizar o teste diagnóstico que é gratuito. Não fique na dúvida!”, disse.

Tios de sífilis

A sífilis pode ser classificada de duas formas, adquirida e congênita. A primeira ocorre quando a infecção é adquirida por meio de relações sexuais sem proteção de preservativos. Já a segunda, é diagnosticada no bebê, a infecção acontece no ventre da mãe infectada ou na hora do parto, caracterizando a sífilis de transmissão vertical, ou seja, da mãe para o filho.

A coordenadora explicou que a sífilis congênita pode ser evitada e orienta as gestantes a realizarem o teste logo no início do pré-natal.

“A sífilis congênita é uma doença grave que pode levar à morte do bebê, portanto, toda grávida tem o direito de fazer teste rápido de sífilis desde a primeira consulta de pré-natal e caso teste positivo ser medicada imediatamente. É nosso dever cuidar, fazer o diagnóstico e tratar precocemente toda grávida com sífilis e, com isso, salvar a vida do bebê”, explicou Sandra Fagundes Moreira da Silva.

Sintomas

Entre as pessoas que apresentam sintomas de sífilis adquirida, uma parte apresenta sintomas como feridas nos órgãos genitais (úlceras), lesões avermelhadas na pele, prurido, dor nas articulações, perda de cabelo, alterações visuais, meningite entre outras alterações em vários órgãos do corpo com maiores complicações.

A doença precisa ser tratada logo em sua fase inicial, num período de um ano de infecção, pois pode progredir para a fase de latência tardia (fase em que a doença fica escondida, incubada), e volta a se apresentar com sintomas mais graves após vários anos de infecção.

Tratamento

A pessoa infectada pela bactéria deve procurar a Unidade Básica de Saúde de sua região, onde será realizado o tratamento com antibiótico, e também realizados testes rápidos que detectam além da sífilis, outras infecções sexualmente transmissíveis como HIV, Hepatite B e C.

Em tratamento, os pacientes homens, mulheres e gestantes, são orientados sobre os cuidados a serem tomados durante o procedimento recomendado, o uso de medicamentos antibióticos nas unidades de saúde, o que podem durar até três semanas, além do uso de preservativos durante toda a fase do tratamento. Para que o tratamento tenha real eficácia a parceria sexual do paciente infectado também precisa ser tratada.

Em crianças recém-nascidas diagnosticadas com sífilis congênita no momento do parto, o tratamento é realizado nos hospitais com a utilização de antibióticos intravenosos.

Na maior parte de casos de sífilis não há necessidade de internações, apenas naqueles que a bactéria atinge o sistema nervoso central da pessoa, podendo causar grandes danos ao corpo acarretado problemas como meningite, lesão ocular, alterações neurológicas, entre outras.