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Senador pede para CPI incluir mais um crime de Bolsonaro, o Fake News de que vacina contra Covid traz Aids

Bolsonaro deverá “ganhar” um novo processo criminal por difundir Fake News. Agora ele diz que vacina traz Aids | Foto: Reprodução

Por ter voltado a cometer crime de difusão de Fake News nesta última quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai “ganhar’ um novo processo no Supremo Tribunal Federal (STF). É o que promete o senador Alessandro Vieira (Cidadania-RS). Vieira anunciou neste domingo (24) que apresentou requerimento á CPÍ da Pandemia pedindo para que oficie o STF sobre “a reiteração flagrante de cometimento de crimes por parte de Bolsonaro”. Dessa vez o presidente requentou, em sua live semanal, um antigo Fake News seu ao ler jornais bolsonaristas que apontam que pessoas que tomaram duas doses de vacina contra o Covid-19 estão desenvolvendo Aids.

“A democracia brasileira precisa urgentemente a lidar com um PR (presidente) que comete crimes em série”, assinalou o senador que teve atuação de destaque na CPI da Pandemia. No ofício entregue à CPI o senador Alessandro Vieira destacou na sua solicitação para a CPI remeter “o inteiro teor dos fatos ao conhecimento do ministro Alexandre de Moraes, do STF, incluindo-a no Inquérito das Fake News, para avaliar a conduta potencialmente criminosa do presidente da República”.

Assista Bolsonaro, mais uma vez, lançando criminosamente mentiras contra a vacina que combate o covid-19 | Vídeo: YouTube

Repassa mentiras sem conferir a fonte

Como é costumeiro do presidente e de seus seguidores bolsonaristas, o Fake News é repassado sem dar detalhes sobre a fonte de informação, para quem receber a falsa notícia tenha pelo menos argumentos para desmentir. “Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados, (ou seja,) aqueles com 15 dias após a segunda dose, estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids) muito mais rápido que o previsto”, disse mentirosamente  Bolsonaro no seu canal do YouTube. Apesar das constantes notificações o Google, dono do YouTube, ainda não desativou o canal do presidente responsável por difusão de Fake News.

Na justificativa do requerimento, o senador gaúcho disse: ‘O Brasil enfrenta, além das terríveis consequências da COVID-19, agravadas por uma gestão absurdamente temerária, o insólito fato de ter na Presidência da República um cidadão que desrespeita diuturnamente os limites da lei e da civilidade. São movimentos constantes e conscientes no sentido do enfraquecimento do Estado Democrático de Direito, na medida em que justamente a pessoa com as maiores responsabilidades da nação se porta como um irresponsável criminoso nas redes sociais e na gestão pública. Como cobrar do cidadão comum o indispensável cumprimento das determinações legais se o Presidente da República não o faz?”. Leia a seguir a íntegra do documento que o senador Alessandro Vieira protocolou na CPI neste último final de semana:

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“Não é verdade que vacina contra Covid traz HIV”

No documento, o senador ainda adicionou uma afirmação que confirma o crime de Fake News de Bolsonaro: “”Não é verdade que relatórios do governo do Reino Unido mostram que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid-19 desenvolveram Aids, como afirmam publicações nas redes sociais. Os documentos citados nos textos não associam em nenhum momento a doença à vacinação nem medem o nível de imunidade proporcionado pelas vacinas’.

Neste domingo (24), o senador avisou nas redes sociais que entregou o pedido de inclusão do novo crime | Twitter

“O conteúdo enganoso acumulava centenas de compartilhamentos no Facebook nesta quinta-feira (21), e também circulava no WhatsApp. Não é verdade que relatórios do governo britânico atestam que pessoas vacinadas contra a Covid-19 perdem imunidade e desenvolvem Aids (sigla em inglês para síndrome da imunodeficiência adquirida), como vem sendo disseminado nas redes sociais. É importante ressaltar que uma pessoa não contrai Aids pelo enfraquecimento do seu sistema imunológico, mas devido à infecção pelo vírus HIV, que se dá pelo contato direto com o sangue, sêmen ou fluidos vaginais de um indivíduo infectado. A infecção pelo HIV leva o indivíduo a perder progressivamente a imunidade celular, tornando-o suscetível a outras doenças”, afirmou o senador Alessandro Vieira.