Acusando o governador Renato Casagrande (PSB) de falta de diálogo, os servidores públicos estaduais formalizaram nesta última segunda-feira (22) o pedido de reposição de 59,49% de perdas salariais ao presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), deputado Erick Musso Musso. Anteriormente os servidores fizeram uma assembleia geral unificada na porta da Ales. O pedido para que fosse dada permissão de os servidores entrarem dentro do legislativo foi feito pelo deputado estadual Danilo Bahiense.
No documento entregue a Musso é relatado que o atual governo estadual não vem cumprindo com ‘a garantia constitucional de manter o poder de compra dos salários do servidores”. O documento foi entregue pelo atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo (Sindipúblicos-ES), Alberto Tadeu Cardoso Guerzet e pelo presidente da Pública Central do Servidor, Iran Milanez Caetano.
Estado de greve
Aos dois sindicalistas foi dada a oportunidade de se expressarem no plenário e dizerem que não está descartado o anuncio de greve no funcionalismo estadual ”devido à falta de diálogo do governador”. Também foi dito que a expectativa da categoria é que, com o apoio dos deputados estaduais, o governador Casagrande possa recusar da sua intransigência e dê uma posição sobre um pedido de reunião para discutir a defasagem, que foi entregue no final do último mês.
O representante da Pública Central do Servidor “Pode ter greve em dezembro, Carnaval em greve, é o nosso último recurso, pois não tem diálogo”, disse Iran em seu rápido discurso. A Pública é uma central que reúne o Sindipúblicos (ES), o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do ES (Sindepes) e o Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Constas do Estado do Espírito Santo (Sindilegis).
O pedido para que os parlamentares estaduais intercedam junto ao governador e façam ele abrir o diálogo e a negociação para a reposição das perdas do poder de compra dos salários foi protocolado na Ales. No documento é pedido que seja promovido pelo governo do Estado a recomposição salarial acumulada de 2020 e de 2021, que totaliza 59,49%. Enquanto o governador do PSB não abrir o diálogo, os servidores prometeram que a mobilização será permanente e com o indicato de decretação de greve.