Como não existe mais uma centralização nacional ou estadual, a Secretaria da Saúde pede aos tutores que procurem saber junto às 78 Prefeituras do Espírito Santo quando será e quais os locais de vacinação em sua cidade
A campanha de vacinação para cães e gatos não ocorrem mais em um ou dois finais de semana especifico, como ocorria no passado. Agora, com a municipalização, os tutores de animais são surpreendidos com o anúncio de determinados municípios, onde é dada a informação de que está sendo realizada a vacinação antirrábica naquela cidade.
Em comunicado, a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa-ES), está informando que “a imunização dos pets contra a raiva (já) está ocorrendo nos municípios capixabas e terá o “Dia D” de mobilização no dia 28 de setembro.” A data cairá em um sábado.
No Brasil, considera-se como campanha nacional de vacinação contra a raiva, as vacinações realizadas anualmente em cães e gatos, de forma massiva e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde/Ministério da Saúde. Essas campanhas estão amparadas pela Lei nº 6.259, de 30/10/1975, que cria o Programa Nacional de Imunizações (PNI), e pelo Decreto nº 78.231, de 12/08/1976, que regulamenta a referida Lei, e apresentam como um de seus objetivos proteger a população brasileira contra doenças que possam ser evitadas, por meio do uso de imunobiológicos.
Em média, cada município recebeu menos de nove mil doses
Em média, cada um dos 78 municípios do Espírito Santo recebeu em média 8.974 doses de vacina antirrábica Segundo a Sesa-ES foram distribuídas 700 mil doses de vacina, cujo total dividido pelas 78 cidades representa uma média de menos de nove mil doses. A Secretaria disse que será os municípios que vão estabelecer “estratégias para alcançar o maior quantitativo de animais possível.
A municipalização foi prejudicial à vacinação antirrábica, por haver descontrole no calendário vacinal, onde cada município adota a sua data.“A campanha reflete a importância da imunização de cães e gatos como medida essencial para interromper a circulação do vírus da raiva nos centros urbanos”, diz a Secretaria no seu comunicado. O órgão lembra que a raiva, transmitida principalmente por cães, é responsável por cerca de 60 mil mortes humanas por ano no mundo.
“Graças às campanhas de vacinação contínuas, a América Latina conseguiu reduzir em 98% a incidência de raiva humana transmitida por cães. No Espírito Santo, a última ocorrência de raiva em humanos foi registrada em 2003, e o último caso em felinos ocorreu em 2011. No entanto, a presença do vírus entre morcegos e herbívoros destaca a necessidade de continuar vigilante”, diz a Sesa-ES em sua nota.
Orientações
A vacina é destinada a cães e gatos a partir de três meses de idade, com dose única de 1 ml administrada por via subcutânea ou intramuscular. A imunidade se estabelece 21 dias após a vacinação e a proteção dura um ano, sendo necessária a revacinação anual. A campanha reforça que fêmeas prenhes ou lactantes podem ser vacinadas.