O encerramento do ano legislativo na Câmara de Vereadores de Vitória (CMV) terminou como começou na atual legislatura, a pior das últimas décadas: a baixaria. O uso de termos vulgares, agressões e ameaças verbais foi uma constante naquele poder legislativo. “Mulher de malandro”, “mentiroso”, “você não tem vergonha na cara”, “não sou palhaço”, “me respeita”, “você é mulher de malandro”, “não sou capacho seu”, “baixe a bola para falar comigo”, “seu moleque”, “bate em mulher”, “bunda-mole” foram as frases trocadas na última sessão ordinária desta terça-feira (21) entre os vereadores Denner Januário da Silva, o Denninho (Cidadania) e Armando Fontoura Borges Filho, o Armandinho (Podemos).
Há uma rixa entre os dois e o motivo exato e preciso da desavença não é de conhecimento de nenhum outro vereador. Com uma hora e 48 minutos da sessão ordinária em andamento foi iniciado o bate-boca dentro do Plenário Maria Ortiz. O presidente da casa, vereador Davi Esmael (PSD), que nos ataques semanais que o vereador Gilvan Aguiar Costa, vulgo Gilvan da federal (Patriota) faz à professores, servidores municipais, jornalistas e às vereadoras Karla Coser (PT) e Camila Valadão (Psol) é omisso e não toma uma atitude forte contra o agressor, dessa vez mante o seu estilo.
Ao invés de usar o seu poder de mando e mandar cortar o áudio dos microfones dos dois que promoviam um embate à sua frente, Davi Esmael quis ver o circo pegar fogo e mandou o vereador Denninho ir para o púlpito do plenário para continuar a briga. Como o vereador do Cidadania topou em ir lá e continuar o bate-boca, o presidente da casa acabou por suspender a sessão por 15 minutos. A falta de púlso de Davi Esmael, na avaliação de outros vereadores, é a chama que incentiva Gilvan continuar com sua agressividade e estupidez com colegas vereadoras e com diversos segmentos da sociedade da capital.