O setor anunciou que apenas nos primeiros quatros meses deste ano obteve um aumento de 28,5% bno faturamento com as exportações
Enquanto o desemprego, fome e as mortes por Covid-19 se elevam, neste último caso devido a má gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o setor de rochas anunciou nesta sexta-feira (14) que registrou alta nas exportações do primeiro quadrimestre do ano. O faturamento se elevou em 28,5%, segundo divulgação feita pelo Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Espírito Santo (Sindirochas-ES).
O setor de rochas ornamentais é o que tem o mais alto índice de mortes, segundo o Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES). De 2015 a 2020, foram 1.873 acidentes. A cada 10 anos são 100 trabalhadores que morrem na extração de rochas no Estado. Um registro a cada dois dias no período de cinco anos, segundo informações do Sindimármore. De janeiro a novembro do ano passado foram registradas a morte de 12 trabalhadores. O Espírito Santo, maior Estado produtor e exportador de rochas ornamentais do Brasil, é responsável por 82% das exportações nacionais.
Estados Unidos
De janeiro a abril deste ano, os maiores município exportadores foram Serra (24,5%), Cachoeiro de Itapemirim (21,2%) e Barra de São Francisco (11,9%). Nos quatro primeiros meses do ano, o setor nacional enviou cerca de 655,5 mil toneladas entre chapas e blocos. Estados Unidos (42,6%), China (27,4%) e Itália (6,4%) receberam a maior quantidade de produtos brasileiros.
No primeiro quadrimestre do ano passado, o segmento registrou queda como consequência da pandemia do Covid-19. Desde então, as empresas reinventaram processos e, superando as adversidades, passaram a enxergar o novo cenário como oportunidade. Segundo o relatório divulgado pelas entidades, Centrorochas e Sindirochas, a alta nas exportações brasileiras este ano poderiam ter sido ainda mais positivas, não fossem os problemas que vêm sendo enfrentados pelo segmento para que consigam efetuar suas exportações.
Entre os principais entraves enfrentados pelo setor estão atrasos dos navios, omissão (cancelamento) de viagens dos navios, restrições de gates para recebimento dos contêineres carregados destinados à exportação, além dos custos adicionais que trazem aos exportadores, não permite que a movimentação das mercadorias ocorra no tempo em que deveriam.