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Sindipúblicos-ES cobra reposição de perdas que somam 21,85% só no Governo Casagrande

‘Precisamos agora que essa valorização saia do discurso e se transforme em valores de reposição desses anos em que sequer tivemos a inflação do período concedido’, diz Iran Caetano, presidente do Sindipúblicos-ES | Foto: Divulgação

Na atual campanha salarial, o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo (Sindipúblicos-ES) está cobrando a reposição de perdas salariais da categoria. Segundo a entidade sindical, de janeiro de 2019 a janeiro de 2024, apenas no governo Renato Casagrande (PSB), as perdas acumuladas já somam 21,85% e devem ultrapassar 22%, com a previsão do IPCA chegar a 0,78% em fevereiro.

A recuperação de parte dessas perdas acumuladas é um dos focos da Campanha Salarial de 2024 que, conforme documento protocolado no governo estadual, pelo Sindipúblicos e demais entidades da Pública, pedem a concessão de ao menos 14,38% de revisão geral.

Também estão em pauta a recomposição inflacionária do auxílio-alimentação e das diárias; o pagamento dos Precatórios da Trimestralidade, a realização de concurso público e o fim da terceirização, além da revisão das carreiras, em especial as extintas ou em vacância.

Para discutir a pauta e deliberar quanto às estratégias de mobilização e demais ações de luta, os servidores estarão reunidos na próxima sexta-feira, Dia Internacional da Mulher, a partir das 9h, em uma Assembleia Geral Unificada em frente à Casa Porto, no Centro de Vitória.

O que diz o presidente do sindicato

Iran Caetano, presidente do Sindipúbllicos-ES, destaca a importância da mobilização e do momento oportuno para o governo reparar essas perdas históricas que achataram o rendimento dos servidores.

“A economia capixaba e de nosso país está em amplo crescimento. Voltamos a ser uma das dez maiores economias do mundo. E o Espírito Santo, inclusive com a atuação de nós, servidores, está em destaque. Precisamos agora que essa valorização saia do discurso e se transforme em valores de reposição desses anos em que sequer tivemos a inflação do período concedido. Não há mais justificativa para iniciar a reposição que ultrapassa 20%. Mas para conquistarmos nossos direitos, precisamos de todos os servidores unidos, participando de nossas ações”, diz Iran Caetano.

Conforme consta no documento protocolado, entre os índices econômicos favoráveis à concessão das perdas salariais, estão os R$ 6,5 bilhões de superávit, sendo R$ 1,88 bilhões de disponibilidade de caixa líquido, conforme SIGEFES para o exercício de 2023; a nota A do Estado do Espírito Santo, atribuída pelo Tesouro Nacional desde 2012.

“Lembrando sempre que valorizar o servidor contribui diretamente com a economia capixaba, aumentando o fluxo da circulação de dinheiro no comércio e serviços locais. Reconhecemos o avanço nas nossas pautas em 2023, inclusive com a atenção dada pelo então secretário Davi Diniz, recém-eleito conselheiro do Tribunal de Contas, que intermediou algumas de nossas demandas. Fica aqui nosso agradecimento e estimas que um novo secretário mantenha o diálogo. Mas ainda temos muito o que avançar e evitar retrocedermos há anos sombrios que os servidores vivenciaram” finaliza o dirigente sindical.

O sindicato detalha como ocorre as perdas salariais, que são calculadas com base no IPCA/IBGE de 01/2019 a 12/2023 (33,35%), subtraídos os três reajustes concedidos pelo Governo Casagrande de 3.5% em 2019, 6% em 2022 e 5% em 2023, somados 3% referente à alteração da alíquota previdenciária prevista na Lei 931/2019.