O evento faz parte das comemorações do Mês da Mulher. Na sexta-feira, dia 22 de março, encerrando as atividades, será realizado também o Cine Mulheres e Roda de Samba
Nessa terça-feira (19), o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo (Sindipúblicos-ES) realizará o primeiro encontro de mulheres escritoras capixabas. Segundo a entidade sindical, quatro expoentes escritoras estarão presentes apresentando sua produção literária e compartilhando sua trajetória durante uma roda de conversa com o tema “A produção textual de mulheres e a mudança que queremos no mundo”.
Foram convidadas Lívia Moraes, Marcela Guimarães Neves, Joyce Laudias da Silva Lopes e Aline Dias que estarão abordando respectivamente seus livros A revolução será feminista!; A noiva de Paris; Às vezes sou um deserto cheio de cactos; E se o mundo descostura?.O evento será realizado na sede do Sindipúblicos-ES, no Centro Histórico de Vitória (ES().
Silvia Sardenberg, secretária-geral do Sindipúblicos é uma das organizadoras do evento. “Buscamos visibilidade às diversas formas de produção textual das mulheres. Isso é importante porque a gente está muito acostumado a só chamar os autores, a grande maioria, historicamente, de homens. Precisamos falar que mulheres também produzem textos, sejam acadêmicos, de literatura, de literatura infantil, para a gente popularizar essas mulheres e essas produções. O Sindicato, busca assim participar e promover a cultura como uma forma também de viabilizar o direito à arte, o direito à cultura”.
Além disso, Silvia destaca a importância de popularizar essas visões de mundo a partir das perspectivas feministas, para a construção de um mundo sem preconceitos. “Buscamos uma transformação social que melhore a vida dos cidadãos, seja dos trabalhadores, seja da sociedade atendida pelos servidores públicos. Eventos como esse são importantes instrumentos para acessarmos todas as formas de literatura, todas as formas de cultura”.
Conheça as autoras e suas obras
Lívia Moraes – Doutora em Sociologia, docente do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade Federal do Espírito Santo e coordenadora do Grupo de Pesquisa Trabalho e Práxis.
“A revolução será feminista!” – Trata-se da coleção de bolso da editora Lutas Anticapital, cujo objetivo é ser uma leitura introdutória do feminismo para a classe trabalhadora, mas que não se basta a tratar apenas da opressão de gênero. Este livro mostra que a revolução será anticapitalista, feminista, antirracista, anti-imperialista, anti LGBTQIAPN+fóbica, anticapacitista. Na luta pela igualdade substantiva e por um novo sociometabolismo.
Marcela Guimarães Neves – pernambucana radicada em Vitória, Espírito Santo. Advogada, com Mestrado na Sorbonne, professora de francês, ávida leitora e resenhista.
“A noiva de Paris” – É, basicamente, a história de uma fuga. Mas pode ser também a radiografia de um encontro consigo mesma. E assim temos as aventuras e desventuras da protagonista, Sofia, cujo nome de batismo não poderia ser mais apropriado: sophia é sabedoria, em grego, e a personagem é uma estudante brasileira de filosofia, na parisiense Sorbonne (philos + sophia). Ela é casada com Léon, um etnólogo francês de caráter duvidoso. O nome do personagem também inspira ferocidade: “leão”, o rei da selva, um animal belo, porém, perigoso, que caça e abate sua presa. Sofia, a pura sabedoria, sofre nas mãos de um predador, o antagonista da história, um vilão que encara todas as cores do mal com a violência da besta-fera. (por Anaximandro Amorim)
Joyce Laudias da Silva Lopes – Nasceu em 1998, em Vitória. É apaixonada por mandar “nudes de alma”, como chama a poesia, diretamente para seus amigos e indiretamente para seus amores. Periodicamente, publica conteúdos especiais em suas redes sociais.
“Às vezes sou um deserto cheio de cactos” é uma coleção íntima e profunda de poemas que mergulha nas complexidades da experiência humana. Joyce Laudias nos leva por uma jornada poética que explora o retrato da solidão, desamores e saudades, como facetas intrínsecas da vida. Esta coletânea poética nos convida a reconhecer que, mesmo nos momentos de maior isolamento, há sempre a possibilidade de encontrar beleza e significado. Ao explorar as profundezas das emoções humanas, o autor nos mostra que, assim como os cactos dão flores, as situações difíceis podem nos conduzir a momentos de crescimento e renovação. Através desses poemas, somos lembrados de que, mesmo nos momentos mais áridos, a capacidade de florescer reside dentro de cada um de nós.
Aline Dias – escritora, jornalista e produtora cultural. Tem diversos textos publicados e quatro livros: “Vermelho”; “além das pernas,”; “A única coisa que fere é manhã pós-amor”; e “E se o mundo descostura?”seu primeiro livro infantil.
“E se o mundo descostura?” Conta a história da amizade entre Desalinho, uma menina espevitada e de espírito aventureiro, e Delírio, uma menina cadeirante muito inteligente e curiosa. Duas meninas com visões de mundos bem diferentes, mas que construíram um laço tão forte entre si que tesoura nenhuma foi capaz de cortar. E Se o Mundo Descostura? fala sobre diferenças, sentimentos, saudade e superações de uma maneira lúdica e cheia de ternura.
Serviço:
1º Encontro Sindipúblicos de Mulheres Escritoras
Dia: 19/03
Horário: 9h
Local: auditório do Sindipúblicos-ES