Neste último final de semana, o Instituto Datafolha divulgou o resultado de uma pesquisa nacional, onde revela que ocorreu um aumento de oito pontos percentuais na identificação do brasileiro com o espectro ideológico de esquerda. O resultado aponta que em 2017, 41% da população tinha essa identificação e que agora é 49%. Desse total, 17% da população diz ser de esquerda e 32% de centro-esquerda. O aumento da identificação da população com a esquerda ocorre sob o governo Bolsonaro, onde elevou a pobreza e a miséria no Braisil.
Já a direita, onde transita os bolsonaristas, recuou em 6%, caindo de 40% registrado em 2017, para os atuais 34%. Atualmente, dentro da direita, apenas 9% se dizem de direita, enquanto outros 24% responderam à pesquisa que são de centro-direita. A pesquisa foi encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo e a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitora (TSEl) sob o número BR-05166/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. A metodologia foi a mesma das pesquisas anteriores.
Foram ouvidas pessoas de 181 cidades brasileiras
A pesquisa do Datafolha ouviu 2.556 pessoas acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o Brasil, entre os dias 25 e 26 de maio último. O mesmo levantamento ainda detectou a liderança de Lula entre os atuais pré-candidatos que disputam a Presidência da República e onde Lula conta com 48% das preferências no primeiro turno, contra 27% do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O espectro ideológico do brasileiro foi obtido a partir de respostas à perguntas feitas aos entrevistados de temas que separam a visão de mundo. Entre essas a opinião sobre homossexualidade, armas, drogas, migração, criminalidade, migração e impostos. Desses questionamentos foi mostrado que 34% têm pensamento próximo ao ideário da direita e 17% se identificaram com o que pensa o centro e a esquerda.
Perguntas
Entre essas perguntas, que permitiu conhecer o campo ideológico dos entrevistados, estava “A posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas” (afirmação presente no pensamento da esquerda) ou “Possuir uma arma legalizada deveria ser um direito do cidadão para se defender” (afirmação que identifica o pensamento da direita).
Outra pergunta, da área econômica, que permitiu conhecer o campo ideológico, foi: “Boa parte da pobreza está ligada à falta de oportunidades iguais para que todos possam subir na vida” (afirmação que identifica o pensamento de esquerda) ou “Boa parte da pobreza está ligada à preguiça das pessoas que não querem trabalhar” (afirmação ligada ao pensamento de direita).