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STF continua com portal fora do ar e avalia se ataque hacker é o responsável pelo crime

A queda do portal do STF por mais de 30 horas decorre dias após grupos fascistas pedirem o fechamento do STF

No último final de semana uma carreta em Vitória, que teve o apoio explícito da rede de Supermercados Perim, pediu o fechamento do STF e a instalação de uma ditadura militar no Brasil

Atacado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no último final de semana, inclusive, em Vitória (ES) com carreata tendo a participação de caminhões da rede de supermercados capixaba Perim, que pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o portal do STF está fora do ar desde o início da manhã desta última quinta-feira (6). Com suspeitas de um ataque hacker, o STF optou em divulgar uma curta nota: “O STF trabalha para o restabelecimento dos serviços o mais rapidamente possível, mas ainda não há para retorno completo dos serviços”.

No início da tarde desta sexta-feira (7) o STF emitiu um comunicado mais extenso. “Nota de esclarecimento – O Supremo Tribunal Federal identificou um acesso fora do padrão em seu portal nesta quinta-feira (6). Para garantir a segurança das informações, o site foi retirado do ar para usuários externos e foram iniciadas análises em diversas de suas páginas. A equipe técnica trabalha para retomada gradual dos serviços a partir desta sexta (7)”.

Informações sigilosas

Segundo a nota, “o acesso fora do padrão foi contido enquanto ainda estava em andamento e, segundo informações preliminares, somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas. Todos os sistemas que garantem a atuação jurisdicional do STF, como peticionamento eletrônico, seguiram funcionando adequadamente, sem a necessidade de desligamento”.

O caso está sob a apuração sigilosa das autoridades competentes, informa o STF. Na mesma nota e com o intertítulo “Aumento de acessos”, a corte diz: “Recentemente, o Supremo tem experimentado um aumento expressivo na quantidade de acessos no portal por meio de “robôs” adotados por empresas, entidades e outros profissionais ligados ao direito que capturam dados públicos, como andamento processual e jurisprudência, para uso lícito”.

Hacker

“Nos casos em que os sistemas do Tribunal não identificam de imediato se a alta quantidade de acessos é oriunda de um “robô do bem” ou de um hacker com intenções ilícitas, medidas são adotadas para reforço da segurança de suas portas de entradas. No episódio desta quinta, segundo as informações já depuradas, o acesso não teve intuito de “sequestro” de ambiente, mas apenas de obtenção de dados”, prossegue.

“O STF lamenta eventuais transtornos causados a cidadãos, operadores do direito, jornalistas, entidades e empresas em razão da interrupção momentânea do serviço, mas ressalta absoluto compromisso com a transparência e a segurança da informação”, conclui.