Para a Polícia Civil capixaba as duas redes são vítimas, assim como a Unilever, proprietária da marca OMO. O produto falsificado estava sendo vendido nas lojas do EPA em Jardim América, Jardim Camburi, Glória, Itapuã e nas lojas do Mineirão Atacarejo
As redes de supermercados com sede em Minas Gerais, EPA e Mineirão Atacarejo, foram flagradas em ação da Delegacia de Polícia Civil Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) comercializando sabão em pó da marca OMO falsificado. Segundo a Polícia a falsificação é grosseira e é possível identificar através da data de validade, onde o produto falsificado não tem a data grava eletronicamente, mas um adesivo colado e fácil de ser arrancado por ter uma espessura do papel um pouco elevada. Além disso, a caixa do falsificado não foi lacrada em equipamentos de ponta utilizados pela fabricante Unilever. O produto falso é proveniente de Minas Gerais.
Apesar das indicações fáceis de observar por grandes redes de supermercado, mesmo assim a redes supermercadistas mineiras EPA e Mineirão Atacarejo estavam comercializando. Em entrevista à imprensa, o delegado titular da Decon, Eduardo Passamani, trata os supermercados como vítimas, assim como foi a Unilever, dona da marca OMO. Os policiais civis apreenderam 23 mil unidades do sabão em pó falsificado, que integram os lotes 42E e 45E. A operação da polícia capixaba foi em conjunto com os policiais civis de Minas Gerais.
Vitória, Vila Velha e Cariacica. Faltou o interior do Estado
A apreensão ocorreu apenas nos supermercados EPA e Mineirão Atacarejo dos municípios de Vitória, Vila Velha e Cariacica. Assim, os moradores das demais cidades do Espírito Santo onde há supermercados dessas duas redes devem ficar atentos, porque podem estar comprando sabão em pó falsificado. A Polícia Civil esteve no EPA de Jardim América onde promoveu apreensão do produto falsificado, além das lojas das duas redes em Vitória (Jardim Camburi) e em Vila Velha (tapuã, Bairro Nossa Senhora da Penha e Paul e Glória).
De acordo com o jornal O Estado de Minas as investigações começaram em junho do ano passado quando foram apreendidas 50 toneladas de sabão em pó falsificado em Nova Serrana, em Minas Gerais. No mês seguinte, mais 25 toneladas do produto foram apreendidas na mesma cidade. Com a ação da polícia, a quadrilha migrou a atividades para as cidades vizinhas de Divinópolis e São Gonçalo do Pará, naquele Estado.
Para tentar desviar a atenção da polícia, os suspeitos dividiram o esquema nas duas cidades. Em Divinópolis, ficava apenas o galpão de estoque. Toda a carga que vinha da Bahia era descarregada nele. Na sequência, eram transportados cerca de dois caminhões por dia para outros dois galpões, ambos em São Gonçalo do Pará, a menos de 30 km de distância, onde o produto falsificado era embalado e distribuído. A Polícia Civil mineira estima que são envasadas cerca de 37,5 mil caixas de 800 gramas, por dia do produto falsificado com a marca OMO considerando embalagens de 800 gramas. As investigações ainda avaliaram que a quadrilha lucrava cerca de R$ 3 milhões por mês com a comercialização.
Como identificar
O que as redes de supermercado EPA e Mineirão Atacarejo não observaram na hora de comprar o sabão em pó falsificado, a própria Unilever, fabricante do OMO original, oferece as seguintes dicas ao consumidor:
– A qualidade do fechamento da embalagem do produto falsificado é falha e permite que, ao balançar a caixa, escorrega pelas frestas o “sabão”;
– A cor, brilho e impressão: as embalagens produzidas em fábrica passam por controles que garantem o recebimento dos materiais conforme um padrão definido, sendo a embalagem falsificada fácil de ser observada;
– A codificação primária (data de fabricação, validade e lote): produções em fábrica são feitas através de gravação a laser de forma destacada, já o falsificado vem com uma etiqueta de cor azul colada;– Cor, textura, perfume e performance do produto: padrão conforme o usual em comparação ao que consumidor está acostumado a usar; enquanto o falsificado possui uma coloração um azul bem rala. Ao colocar um pouco de pó em um copo de água, o OMO original oferece uma cor azul bem escura, por ter mais ingredientes. Já o falsificado fica em uma cor azul bem rala e transparente.