por Francisco Celso Calmon
A vacina é como uma trincheira imunológica, caso o vírus, covid-19, penetre em nosso organismo, e não é totalmente eficaz para impedir os malefícios da doença, ela minimiza, evita tornarem-se muito graves.
A máscara é o nosso escudo individual e solidário. Nos protege do outro e proteje o outro de nós. E o álcool gel é o complemento, é preventivo, da mesma forma que escovar os dentes e lavar as mãos regularmente o são.
No afã de aproveitar a liberação nos EUA, pelo Biden, e para tirar o foco na CPI, se apressou a mais uma vez ir contra as recomendações dos especialistas, para, sem credencial, tal como um charlatão embusteiro, levar a confusão à população brasileira.
Com sinais trocados e cansados do isolamento, os mais ansiosos e apedeutas tendem a embarcar na onda dessas criminosas recomendações do genocida-mor, que continua a palmilhar o roteiro traçado para a sua aventura golpista.
Os EUA erraram. Biden voltada para a sua política de dar uma nova feição, menos carrancuda e radicalóide do que a do Trump, ao país, colocou em segundo plano os efeitos do exemplo da liberação pública das máscaras nos demais países.
Foi apressado também para a garantia da saúde no próprio país. Deveria ter esperado chegar à 70% de vacinação, em vez de arriscar com 41%. Mas a pressão econômica está forte e sua concorrência com a China mais acirrada.
O Brasil está apenas com 11% do povo vacinado. O risco é pelo menos quatro vezes maior, se pegarmos os EUA como parâmetro.
Com mais essa atitude de recomendação irresponsável, (e por que não criminosa?), o genocida do planalto, vai retirando a sua verdadeira máscara de falsidades e mostrando a sua face de amasiado da morte, caminhante para o seu projeto totalitário.
Felizmente a CPI levou o tema para o debate, com especialistas que repudiaram com muita ênfase a tresloucada e consciente insurgência do presidente ao escudo individual e coletivo, ao alcance de todos da população, que é a máscara. (Deveria ao contrário estar distribuindo máscara de qualidade ao povo brasileiro).
Sua personalidade doentia e seu aventureiro projeto totalitário (Eu sou a Constituição; Meu Exército; Eu é que mando…) prosseguirá a levar o país para o caos e a balbúrdia institucional, por isso mesmo, urge e ruge a articulação ampla para dar um basta ao bolsonarismo; oxalá sem os pés de barro.
Daí a superimportância de continuarmos as manifestações de ruas, sem, entretanto, entrar em fadiga de material.
Estar antenado ao timing é o desafio tático dos movimentos sociais, sem os quais os pés continuarão de barro, e os arranjos de cúpula tenderão a desmoronar diante à novas intempéries golpistas.
Conspiração e atentados à democracia não são teorias, são história.
Francisco Celso Calmon, ex-membro da coordenação nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade, Justiça e articulador do canal pororoca.