Veja nesta matéria fotos recentes feitas no solo de Marte pela Nasa, através de um robô que está em operação naquele planeta
A Ufes compõe uma iniciativa internacional que trata dos principais objetivos científicos e as lacunas de conhecimento diante da possibilidade da presença humana em Marte, entre elas os riscos à saúde humana. O primeiro seminário virtual sobre o tema foi promovido pela agência norte-americana de Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) entre os dias 31 de julho e 1º de agosto e discutiu a proteção planetária. Os resultados desses seminários orientarão futuras pesquisas e as prioridades das missões em Marte.
A professora do Departamento de Ciências Biológicas e do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Ufes Débora Dummer, que representa a Universidade na equipe de pesquisadores internacionais, explica que as missões no planeta vermelho podem transportar materiais, principalmente microrganismos (da Terra para Marte e vice-versa), que podem oferecer risco à saúde humana, “uma vez que são diferentes daqueles existentes [em nosso planeta]”, diz a professora. Ela frisa que, para assegurar a proteção planetária, é necessário planejamento e desenvolvimento de novas tecnologias.
Foco
“O foco principal é justamente prever o que pode acontecer durante essas missões em Marte. Além da presença humana, robôs serão enviados antecipadamente para lá e existe a possibilidade desses dispositivos transportarem acidentalmente microrganismos. Então, realmente é preciso pensar nessa questão da proteção planetária”, destaca.
O segundo workshop virtual, a ser realizado de 30 de outubro a 1º de novembro, reunirá a comunidade científica mundial para apresentar os conceitos das missões, questões de pesquisa e considerações baseadas nas discussões do primeiro evento. Pesquisadores interessados em participar devem acessar o site da organização.
O evento é organizado pelo Escritório de Proteção Planetária da Nasa, pelo Programa de Exploração de Marte e pelo Grupo de Análise do Programa de Exploração de Marte (Mepag). Além disso, este seminário é copatrocinado pelo Programa de Astrobiologia da Nasa, pela Rede para Detecção de Vida (NfoLD) e pela Rede de Coordenação de Pesquisa em Astrobiologia (RCN).
Texto: Ghenis Carlos Silva (bolsista)