fbpx
Início > Ufes realiza mutirão neste sábado (27) para avaliar saúde ocular de pacientes com diabetes

Ufes realiza mutirão neste sábado (27) para avaliar saúde ocular de pacientes com diabetes

Pacientes com diabetes terão saúde ocular avaliada por médicos, estudantes e professores da Ufes neste sábado | Foto: Arquivo/Ufes

Estudantes e professores da Ufes se unirão a médicos e servidores do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam-Ufes), além de voluntários, para atender gratuitamente mais de cem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que vivem com diabetes. Será na segunda Ação Pelo Diabetes – Narpo, agendada para o próximo sábado, 27, no Centro de Visão do Hucam. A ação, realizada em formato de mutirão, é uma iniciativa do Núcleo Avançado de Retina e Pesquisa em Oftalmologia (Narpo), programa de extensão da Ufes que se dedica a desenvolver pesquisas e ações para a promoção da saúde ocular.

Um dos principais objetivos do evento é avaliar se os pacientes que vivem com diabetes estão fazendo acompanhamento e controle adequado da retinopatia diabética. A doença afeta microvasos na retina em decorrência do diabetes descompensado e é a principal causa de cegueira no Brasil.

Nesta edição da Ação Pelo Diabetes – Narpo, uma das formas de aferir a condição oftalmológica dos pacientes será por meio do equipamento Phelcom Eyer, o primeiro retinógrafo portátil com alta qualidade no mundo. Os aparelhos foram emprestados pela empresa que desenvolveu o produto, e possibilitam que mais pacientes sejam avaliados criteriosamente num intervalo de tempo reduzido, com resultados disponíveis instantaneamente.

Tecnologia

A tecnologia otimiza a avaliação de retinopatia diabética, foco da campanha, mas também possibilita a análise de outras condições clínicas, como glaucoma, descolamento de retina, degeneração macular relacionada à idade e retinoblastoma. Assim, cada paciente poderá ter uma consulta médica mais completa para saber como está a saúde de seus olhos.

Com o mutirão, diversos pacientes que estão com consultas médicas atrasadas ou que não realizam acompanhamento adequado poderão receber orientações para o manejo de sua condição clínica. Eles também poderão realizar, no mesmo atendimento, exames mais específicos, como tomografia de coerência óptica, procedimentos terapêuticos com laser e medicamentos, além do agendamento de cirurgias, conforme a necessidade de cada caso.

Para atender toda a demanda, o evento contará com mais de 30 voluntários, entre acadêmicos de Medicina, médicos, enfermeiros e servidores. Protocolos de segurança serão rígidamente seguidos a fim de garantir a saúde de todos em razão da pandemia do novo coronavírus.

Risco silencioso

Cerca de 16 milhões de pessoas no Brasil vivem com diabetes no Brasil. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), esse número, que cresceu 3,3 milhões nos últimos dez anos, pode ultrapassar os 19 milhões em 2030. No mundo, estima-se que uma em cada dez pessoas adultas conviva com a doença, que é grave, não tem cura e pode trazer complicações e consequências em vários sistemas do organismo.

Quase metade da população com diabetes não sabe que tem a doença. Por ser silenciosa, muitas pessoas não tratam a diabetes e aumentam o risco de desenvolver complicações que, com acompanhamento médico adequado, podem ser evitadas. A retinopatia diabética é uma dessas complicações que acomete a retina e pode causar desde comprometimento visual até cegueira, incapacitando a população acometida.

A retinopatia diabética constitui uma grande ameaça para a preservação da saúde do paciente com diabetes e um grande ônus social e econômico para o sistema de saúde pública. O diagnóstico e o tratamento precoce, tanto do diabetes quanto da retinopatia diabética, são fundamentais para a manutenção da qualidade visual e de vida da população que sofre com a doença.

Prevenção e controle

Além da avaliação oftalmológica, os pacientes atendidos na Ação Pelo Diabetes – Narpo receberão orientações médicas sobre como ter uma vida mais saudável e como controlar o diabetes. Isso porque a educação acerca da doença deve ser feita permanentemente, tanto quando se fala em prevenção quanto se almeja seu controle, o que evita agravos agudos e crônicos em longo prazo. A compreensão da doença contribui para sua detecção precoce e redução da velocidade das complicações secundárias, especialmente a cegueira decorrente da retinopatia diabética.

O evento é coordenado pelo médico oftalmologista Thiago Cabral e conta com apoio da Federação Internacional de Diabetes (IDF), da Federação Nacional das Associações e Entidades em Diabetes (Fenad), da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV), do Congresso Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).