Em encontro (foto) promovido nesta semana, na sala Nazian Azevedo de Moraes da Biblioteca Central, no campus de Goiabeiras, o reitor Paulo Vargas apresentou aos gestores e às representações das entidades da comunidade acadêmica as primeiras medidas adotadas para aprimorar a segurança na Ufes e destacou a necessidade de um trabalho conjunto com envolvimento da comunidade universitária para enfrentamento da insegurança nas instituições educacionais.
“O momento exige da gente uma reflexão e envolvimento de toda a comunidade acadêmica a fim de construirmos políticas e mecanismos de proteção dentro da nossa universidade. Há uma onda de ameaças às escolas de um modo geral, às universidades, institutos federais e faculdades privadas. Não é diferente com a nossa comunidade que, também, vem se sentindo ameaçada pelo teor das mensagens que têm sido propagadas na internet”, afirmou Vargas.
Ao abrir a reunião, o reitor fez um relato dos eventos ocorridos na última segunda-feira, dia 10, em que uma estudante de Direito sofreu uma agressão armada num banheiro de um prédio do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE). Ele informou aos presentes que o caso está sob investigação sigilosa da Polícia e que a Ufes está contribuindo para a elucidação do fato, por meio de imagens registradas por suas câmeras de segurança.
Ele também informou sobre as providências já adotadas durante e após a ocorrência, entre as quais estão: a realização de contatos visando a busca de colaboração de instituições de segurança estaduais e federais; a criação de um grupo de trabalho para revisão e adaptação de protocolos de proteção e segurança, a serem amplamente divulgados; a adaptação de procedimentos de gestão de situações críticas que envolvem a segurança da comunidade universitária; e o acionamento do atendimento psicológico da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci) para os estudantes que necessitarem do serviço.
O reitor também informou que vai criar uma comissão formada pela Administração Central, especialistas, instituições parceiras e representantes das entidades representativas dos segmentos da Ufes – estudantes, professores e técnicos administrativos – para elaborar subsídios para aperfeiçoar a política de segurança da Ufes e promover um ambiente universitário pacífico.
Vargas reforçou a necessidade da participação de todos para enfrentar a atual situação de insegurança, de ameaças e de violência nas instituições de ensino do país. Esse tema foi abordado pela Ufes no evento de recepção aos estudantes ingressantes no início deste semestre letivo, com palestra ministrada pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) Daniel Cara.
Contribuições
A reunião contou com a participação de pró-reitores, diretores de todos os centros de ensino e do Colégio de Aplicação Criarte, e representantes da Ouvidoria, da Diretoria de Segurança e Logística (DSL), da Superintendência de Comunicação (Supec), da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), do Sindicato dos Trabalhadores da Ufes (Sintufes) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Entre os presentes, foi consenso que o momento exige a união de todos os segmentos para enfrentar a situação que aflige o país. Além da formulação de um novo protocolo de segurança, outras propostas foram apresentadas, como a realização de audiência pública; a participação da Universidade em fóruns já existentes no Espírito Santo que estão discutindo os ataques às escolas; realização de formações com especialistas em procedimentos em situações de risco e pânico; aperfeiçoamento de procedimentos em situações de insegurança; reforço da comunicação; ações voltadas para o cuidado com a saúde mental no meio acadêmico, entre outras.
Vigilância 24h
No evento foi reforçada a informação sobre a segurança na Ufes, que é formada por vigilantes federais, vigilantes patrimoniais terceirizados e policiais militares da reserva que atuam por meio de um convênio firmado com a Polícia Militar. O campus de Goiabeiras possui uma central de videomonitoramento que funciona 24 horas, sete dias por semana. O sistema conta com mais de 400 câmeras com função de reconhecimento facial e reconhecimento de placas. A central funciona como suporte para as operações de campo.