Em comunicado, diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Catherine Russell, afirma que menores são geralmente ignorados quando se trata do tema e que é hora de colocá-los no centro do debate sobre a emergência climática
Nesta semana, o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, mostrou que 1 bilhão de crianças vivendo nos países mais afetados estão sob risco. Em comunicado, a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Catherine Russell, afirmou que a crise climática já afeta quase todas as crianças em todos os continentes.
Russell citou enchentes, ciclones, secas, ondas de calor, poluição do ar e doenças causadas por vetores como alguns dos problemas da emergência do clima. Segundo ela, para algumas crianças, a crise representa também um risco de morte. O relatório do Painel revelou que o aquecimento global está causando danos irreversíveis à natureza. O secretário-geral da ONU diz que o estudo é um “atlas do sofrimento humano”.
Impactos da mudança climática
Segundo o Unicef, os governos precisam colocar em prática a redução ambiciosa de emissões que causam a crise do clima. A meta é fazer com que crianças mais vulneráveis, vivendo em país com uma taxa baixa de emissões per capita, consigam sobreviver e florescer num mundo com rápidas mudanças. Mesmo assim, muitos países não têm planos de adaptação e a maioria das crianças permanece desprotegida e despreparada para os impactos da mudança climática.
Para o Unicef, os países devem colocar as crianças no centro dos planos de enfrentamento da emergência climática, incluindo menores marginalizados social e economicamente nessas nações. A agência da ONU diz que os jovens já esperaram tempo demais pelos líderes internacionais com relação a ações para deter a crise climática.