A irresponsabilidade é do presidente Bolsonaro, por agredir verbalmen te a China, o fornecedor do IFA, e de prefeitos e de governadores, por terem usado a segunda dose guardada para fazer marketing ao ampliar a estatística de imunização
Após o uso indevido das doses reservadas para a vacinação da segunda dose da vacina CoranaVac na vacinação de policiais militares, pelo Governo do Espírito Santo, e das guardas municipais pelas prefeituras, exatos 132.787 idosos com idade acima de 65 anos vão ficar sem a segunda imunização. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) são 152.787 idosos com a imunização atrasada mais um mês, quando o prazo máximo entre a primeira e a segunda dose é de apenas 28 dias.
O problema se esbarra nas novas agressões verbais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à China, feitas dias atrás e quando os chineses se preparavam para enviar a segunda remessa o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) com 10 mil litros. Nos próximos dias o Ministério da Saúde reparte o último lote fabricado pelo Instituto Butantan de 1,1 milhão de doses da CoronaVac e, desse total, cabe ao Espírito Santo apenas 20 mil doses.
Ainda não há uma resposta do governo para as pessoas que vão ficar sem a segunda dose. Se a primeira dose perderá o efeito ou se é possível vacinar com outra vacina, já que não existe um estudo científico que comprove essa possibilidade. A ação é de responsabilidade da União e dos Estados e municípios, já que estes últimos atenderam a uma recomendação do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, um leigo em medicina e que está sendo acusado de ser o responsável pela explosão e mortes da pandemia no Brasil.